EuropaBio aponta entraves à biotecnologia agrícola na União Europeia

A associação EuropaBio publicou o “Manifesto da Biotecnologia Verde”, um documento no qual analisa a situação europeia da biotecnologia agrícola e assinala questões que actualmente entravam o crescimento do sector.

Para esta organização de biotecnologia, o sector europeu tem sido refreado pela falta da plena implementação do processo de autorização de organismos geneticamente modificados e pela falta de um mercado único de sementes, a par de uma falta de reconhecimento da liberdade dos países comercializarem com produtos agrícolas.

Acresce que, na opinião da EuropaBio, a União Europeia tem que apostar na promoção da coerência das políticas sobre biotecnologia e da informação veiculada ao público; também há que promover políticas que respeitem os países em desenvolvimento.

Nos últimos anos, a biotecnologia agrária tem conhecido um rápido crescimento, tendo sido adoptada, em 2006, por 10,3 milhões de agricultores em 22 países, que cultivaram 102 milhões de hectares. Deste total, cerca de 90 por cento corresponde a pequenos agricultores inseridos em economias de subsistência, que retiram da biotecnologia mais rendimentos.

No entanto, na União Europeia, a biotecnologia agrícola não conheceu a mesma aceitação, escreve o Agrodigital, apesar de também ter aumentado o cultivo de organismos geneticamente modificados.

Para o presidente da EuropaBio, Hans Kast, «a biotecnologia agrícola brinda-nos com grandes oportunidades. Temos os produtos e as soluções, mas precisamos da acção política de líderes europeus para abrir o mercado europeu e oferecer uma verdadeira liberdade de escolha. Sem acção política, a Europa vai ficar fora desta tecnologia».

Consulte o manifesto da EuropaBio aqui.

Fonte: Agrodigital e Confragi

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