Escassez de leite verifica-se a nível mundial

Num comunicado divulgado no final da passada semana a Federación Naconal de Industrias Lácteas (FENIL) mostrou-se claramente preocupada pela “situação atípica e imprevisível” de escassez de leite a nivel mundial, que como consequência “trouxe consigo a subida dos preços”. Na opinião do seu director geral, Luis Calabozo, “trata-se de uma situação conjuntural que ninguém podia prever, pelo que a alteração desta tendência de preços depende, em última instância, do próprio mercado”.

Explica-se naquele comunicado que a oferta não foi capaz de responder à evolução da procura a nível internaconal, tal como já outros haviam assegurado que aconteceria, caso, por exemplo, do director geral da Federación Española de Productores de Leche (PROLEC), Carlos Gil, que afirmava recentemente que os dados reltivos ao esvaziamento dos stocks de intervenção – de manteiga e de leite em pó desnatado – indicavam um claro déficit de leite na Europa.

Para Luís Calabozo “a escassez mundial não beneficia a Espanha”, partindo da base de que no país vizinho a produção está restringida pela quota leiteira. Tradicionalmente o diferencial entre quota e consumo (6.000.000 e 9.000.000 de toneladas, respectivamente) foi compensado por via das importações, mas considerando que a escassez actualmente sentida se verifica a nível internacional, “o abastecimento através de outros mercados apresenta-se cada vez mais complicado”, asegura o responsável da FENIL.

Acresce que os industriais temem que os preços médios do leite na origem se mantenham em Espanha num nível superior ao que se verifica nos principais competidores europeus durante um longo periodo, já que, segundo indicam, “poderia perder-se de vista o nosso objectivo de médio prazo, que não é outro senão o de nos conseguirmos equiparar em competitividade aos nossos vizinhos”.

Segundo Calobozo, algumas cadeias de distribuição poderão estar a contribuir para esta situação de escassez com a sua política de promoções. Contudo afirma que “hoje, mais do que nunca, há que insistir no rigoroso cumprimento do regime de quotas e da imposição suplementar e no compromisso com a qualidade, para valorizar o produtor”, sublinha no comunicado o director da FENIL.

Fonte: Anil

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