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Os vinhos do Dão vão durante o próximo ano ser usados como um instrumento para promover turisticamente a região nacional e internacionalmente, anunciou ontem o presidente da Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado.
Na sua opinião, os vinhos têm «capacidade de levarem consigo o nome do destino, o nome da região» e também outros produtos, nomeadamente ao nível da gastronomia.
«Nós vamos afirmar o Dão através da nossa presença quer em certames nacionais, quer internacionais», avançou Pedro Machado, contando que, ainda há poucos dias, foi lançado um desafio aos promotores do festival gastronómico de Santarém para que este passe a ser «festival de gastronomia e vinhos». A TCP vai também fazer dois grandes eventos em Lisboa e no Porto, «onde os vinhos irão ser claramente o embaixador desta região», acrescentou.
«Queremos fazê-lo através de uma acção dedicado ao ‘trade’, aos média, a personalidade várias, que podem associar-se a este produto e chamarem a atenção para a existência desta região», explicou.
As adegas vão ser desafiadas a abrirem-se a visitas uma vez que, segundo Pedro Machado, este é «um turismo que, em primeira estância, é de visitação», mas que «pode ser um turismo de consumo e até um turismo de permanência e de presença».
«Vamos fazer com que nos nossos hotéis possam ser desenvolvidos pacotes turísticos em que a visita às regiões demarcadas, aos vinhedos e às adegas seja também uma oferta complementar em relação a outros produtos que temos hoje», como os “spas” e os roteiros culturais, acrescentou o responsável, que ontem participou em Viseu no workshop “Vinhos do Dão – 100 anos de história”.
O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Valdemar Freitas, realçou que as iniciativas integradas nas comemorações do centenário da primeira região portuguesa de vinhos tranquilos “têm dado frutos”
«Os consumidores estão mais curiosos com os vinhos do Dão, a própria comunicação social está mais atenta e até os especialistas, incluindo estrangeiros, elogiam os vinhos do Dão», considerou.
Valdemar Freiras contou que «as críticas publicadas são altamente positivas e alguns chegam até a colocar o Dão no top dez das regiões vitivinícolas do Mundo que merecem ser descobertas».
«Alguns dos mais notáveis críticos e especialistas internacionais de vinho aceitaram ao longo do último ano o nosso desafio, visitaram e provaram o que de melhor é feito aqui. Colocámos à prova os nossos vinhos, abrimos portas, disponibilizámos protagonistas para com eles dialogarem. É pois, com imenso orgulho que vejo que o nosso trabalho está a resultar», frisou.
Avançou que «em breve, os vinhos do Dão serão promovidos sem mercados fundamentais para os vinhos portugueses, como o Brasil, Angola, Estados Unidos e Canadá», sendo que, no final deste mês, irão participar numa semana gastronómica em Luanda.
Fonte: Confagri
