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As organizações do sector de frutas e hortícolas de Espanha, França e Itália mostraram a sua preocupação perante o desenvolvimento do processo de negociação para o acordo de livre comércio entre a União europeia e Marrocos e o seu impacto no sector.
As Cooperativas Agro-Alimentares participaram, esta quarta-feira, numa audição no Parlamento Europeu (PE) organizada pelo relator deste Acordo, José Bové, que solicitou aos representantes políticos comunitários que avancem com acções em defesa dos agricultores europeus e suas cooperativas.
Para as cooperativas o aumento das concessões comerciais nas frutas e hortícolas é muito prejudicial para o sector da União Europeia (UE), sobretudo quando se tem consciência da infracção do acordo em vigor. Em diversas ocasiões verificou-se incumprimentos e transgressões por parte de Marrocos das actuais condições do Acordo em vigor, tanto no que se refere às quantidades como ao pagamento dos direitos aduaneiros, que geram profundas distorções nos mercados europeus.
Os agricultores espanhóis, franceses e italianos consideram imprescindível potenciar a coordenar os controlos alfandegários de entrada dos produtos de terceiros países na UE nos respectivos Estados-membros, para assegurar que os acordos sejam cumpridos, pelo que é necessário reformar o regime de preços de entrada no bloco europeu de forma melhorar o funcionamento e impedir situações de fraude nas importações.
Por outro lado, em benefício da segurança alimentar e dos consumidores europeus, mas também para melhorar as condições de vida e de trabalho dos países mediterrâneos, as Cooperativas Agro-Alimentares defendem que é imprescindível exigir reciprocidade e condicionar a abertura dos mercados europeus através do estabelecimento de normas em matéria sócio-laboral, ambiental e sanitária das produções dos terceiros países, que actualmente entram com condições claramente distorcidas de concorrência.
Fonte: Agrodigital e Confagri
