Comissária augura evolução positiva para o mercado do leite

A comissária insiste que as quotas leiteiras terminarão em 2015, conjuntamente com algumas outras ferramentas que ajudam, hoje-em-dia, a regular o mercado lácteo comunitário e advoga que sejam aqui aplicadas mais ajudas, desde que as mesmas sejam provenientes do segundo pilar.

A proposta da Comissão de aumentar as quotas leiteiras nacionais em dois por cento, de forma linear para todos os países, em cada dois anos até 2014, para a sua posterior liberalização em 2015, será uma batalha dura que terá que ser travada quer pelos países que se opõem à abolição do sistema de quotas, quer pelos países que defendem incrementos de quota diferenciados, função da relação entre produção e consumo em cada dos mercados nacionais.

Responsáveis de organizações agrárias espanholas – UPA e CCAE – vêm de forma complicada aquela liberalização em 2015, bem como a desaparição de todos os restantes instrumentos de gestão do mercado, de acordo com as palavras da Comissária, a qual, contudo, abriu a porta à possibilidade de utilização da armazenagem privada em situações concretas e muito complexas, à redução da imposição suplementar, ao intercâmbio de quota entre países e ao aumento das ajudas às regiões mais desfavorecidas, por via do segundo pilar da PAC.

Na defesa destas propostas, foi apresentado um estudo elaborado a pedido da própria Comissão, segundo o qual o aumento das quotas leiteiras de forma linear se justificaria face ao aumento do consumo de queijo e de outros produtos derivados do leite.

O estudo indica que devido a esses aumentos de consumo, nos próximos anos serão necessários 1,75 milhões de toneladas para satisfazer o consumo interno adicional de produtos lácteos frescos, 6,2 milhões para o queijo e 8 milhões de toneladas para satisfazer a procura adicional de leite em pó.

O estudo augura ainda uma estabilidade na produção de leite dos vários Estados-membro até 2014, com um ligeiro incremento a curto prazo, em resposta ao incremento de preços, mas que se verificará uma redução gradual a partir de 2009, dada a quebra das produções em diversas zonas da Europa.

Fonte: Anil

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