Segurança Alimentar Desde 2004 a tratar da Segurança Alimentar em Portugal
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d.r.
A maioria dos portugueses defende que a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deveria aumentar as acções de fiscalização. De acordo com uma sondagem Correio da Manhã/Aximage, 76,1 por cento dos inquiridos considera que as inspecções aos produtos alimentares e sobre as actividades económicas deveriam aumentar.
O mesmo estudo revela que apenas 3,3 por cento dos portugueses acha que as acções inspectivas deveriam diminuir, enquanto 10,8 por cento afirma que deveriam manter-se como estão.
Note-se que, em cinco meses, a ASAE já efectuou mais de 235 acções inspectivas, que resultaram na apreensão de produtos num valor superior a três milhões de euros.
De todas estas operações, a que mais ficou na memória dos portugueses foi a levada a cabo junto de restaurantes chineses.
Conhecida como ‘Operação Oriente’, a acção fiscalizou 130 restaurantes chineses e resultou no encerramento de 14 estabelecimentos, a 30 de Março, e ficou na memória de 37,6 por cento dos inquiridos pela sondagem Correio da Manhã.
As outras operações mais recordadas são as que envolvem o abate ilegal de animais (5,7 por cento), as padarias (4,4 por cento) e as rulotes de venda de comida (3,9 por cento).
A grande maioria dos inquiridos, isto é, 89,8 por cento, desconhece, porém, o nome da autoridade responsável pela fiscalização das actividades económicas e produtos alimentares. Apesar disto, 46,8 por cento dos portugueses já ouviram falar em pelo menos uma acção inspectiva levada a cado por esta entidade criada no final do ano passado e que entrou em funcionamento a 1 de Janeiro, fundindo a Agência Portuguesa de Segurança Alimentar e a Inspecção-Geral das Actividades Económicas.
SONDAGEM CM: NOTORIEDADE DAS ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DA ASAE
A ASAE tem feito ultimamente muitas acções de fiscalização, dos quais os jornais e as televisões têm falado. Lembra-se concretamente de alguma dessas acções de fiscalização? Diga-me todas aquelas de que se lembra.
Restaurantes chineses – 37,6%
Abate ilegal de animais – 5,7%
Padarias – 4,4%
Rulotes – 3,9%
Pastelarias – 1,3%
Peixe congelado fora de prazo – 1,2%
Produtos da Páscoa – 0,5%
Carnes – 0,4%
‘Stands’ de automóveis – 0,4%
Candongueiros de bilhetes de futebol – 0,2%
Ovos (crus) – 0,1%
Outras(s) – 1,4%
Não indica – 53,2%
Na sua opinião, estas acções de fiscalização da ASAE sobre as actividades económicas e os produtos alimentares devem:
Aumentar – 76,1%
Manter-se como estão – 10,8%
Diminuir – 3,3%
Sem opinião (resposta espontânea) – 9,8%
FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM
OBJECTIVO: Fiscalização Alimentar e Económica.
UNIVERSO: Eleitores residentes em Portugal em lares com telefone fixo.
AMOSTRA: Aleatória estratificada por região, sexo, idade, instrução e voto legislativo, polietápica e representativa do universo, com 550 entrevistas telefónicas (281 a mulheres).
COMPOSIÇÃO: Proporcional pela variável estratificação.
RESPOSTAS: Taxa de resposta de 79,9 por cento. Desvio padrão máximo de 0,02.
REALIZAÇÃO: 22 e 24 de Abril, para o Correio da Manhã pela Aximage, com a direcção técnica de Jorge Sá.
RESTAURANTES AFECTADOS
As autoridades chinesas temem que os restaurantes chineses existentes em Portugal entrem em falência na sequência do destaque dado à ‘Operação Oriente’ levada a cabo pela ASAE, a 30 de Março. Foram estas preocupações que um conselheiro da embaixada da China em Lisboa transmitiu na semana passada ao presidente da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica, António Nunes.
Desde aquela operação, os restaurantes chineses registaram uma queda de 50 por cento nas vendas e “muitos estão em risco de fechar”. António Nunes defende, porém, que se tratou apenas de uma operação de rotina.
OPERAÇÃO EM ALMEIRIM
Mais de quatro mil peças de roupa e sete mil DVD e CD contrafeitos foram ontem apreendidos na Feira de Almeirim, no âmbito de uma operação conjunta levada a cabo pela GNR, Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e pela Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). Além do material contrafeito, a IGAC lavrou autos a 13 pessoas acusadas de usurpação e de aproveitamento de obra usurpada.
Quanto à ASAE, identificou quatro arguidos e tentava identificar outros três que fugiram do recinto da feira quando se aperceberam da operação. Os processos vão agora ser avaliados pelo Ministério Público.
ACÇÕES DE FISCALIZAÇÃO
AZEITE
A ASAE apreendeu 880 litros de azeite por falta de condições, além de ter encerrado uma unidade de embalamento deste produto e instaurado 21 autos de contra-ordenação a industriais do sector durante uma acção inspectiva realizada na passada quarta-feira.
PEIXE
Mais de 40 toneladas de alimentos impróprios para consumo, na maioria peixe, foram apreendidas na ‘Operação Mercados’, realizada pela ASAE a 208 espaços comerciais situados em mercados, entre os quais o MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa.
COMBUSTÍVEL
No final do mês de Abril, a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica apreendeu mais de 800 mil litros de combustível no valor de um milhão de euros numa acção de fiscalização a 300 postos de combustível que resultou em 137 processos de contra-ordenação.
Fonte: Correio da Manhã
