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A chuva intensa afectou o cultivo de cereais e impediu que se concretizasse a recuperação da área cerealífera que se esperava, face ao aumento dos preços nos mercados internacionais, indicam as estatísticas oficiais.
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), que se reportam a 31 de Janeiro, apontam para um decréscimo da superfície cerealífera, ao contrário do que se esperava, depois do ano passado ter havido uma das piores campanhas das últimas décadas.
Apesar das expectativas serem positivas, face à crescente valorização do preço dos cereais devido à diminuição da oferta de produtores como a Austrália e a Rússia, a área cerealífera terá diminuído para 37 mil hectares, abaixo dos 43 mil de 2010 (dados provisórios) e dos 53 mil de 2009.
O INE salienta que o encharcamento dos terrenos impediu a realização das sementeiras e que as oscilações de temperatura afectaram negativamente as pastagens, levando a aumentar o consumo das forragens armazenadas, sobretudo para os bovinos.
Em termos da produção de azeitonas, o balanço é positivo, com uma produção superior à média dos últimos cinco anos, apesar das quebras nos olivais tradicionais do Alentejo que foram compensadas pelo aumento da produtividade nos olivais intensivos e da região de Trás-os-Montes.
O INE perspectiva “um azeite de qualidade, uma vez que a matéria-prima recepcionada pelos lagares apresenta um bom estado sanitário”.
Fonte: Confragi
