Cavaco defende aumento dos impostos sobre o consumo

“É possível ganhar competividade” desde que sejam reduzidos os impostos sobre o factor trabalho e aumentá-los sobre o consumo, admitiu o Presidente da República, Cavaco Silva, durante a visita que fez à Feira do Alentejo – Ovibeja.

Esta é a solução possível para um país que não tem moeda própria para poder desvalorizá-la e assim reaquilibrar as finanças públicas, acrescentou Cavaco, frisando que mesmo assim subsistem outros factores que são igualmente determinantes para superar “os graves” problemas económicos que enfrenta. Se Portugal não aumentar as suas exportações e não reduzir as importações. Se não conseguirmos aumentar a poupança interna das famílias, das empresas e das instituições públicas e se não reconquistarmos a confiança dos investidores nacionais então “no futuro vamos enfrentar problemas mais graves” de financiamento da economia portuguesa do aqueles que “estamos a enfrentar neste momento”, sustentou o chefe de Estado.

No esforço de poupança Cavaco Silva dá igualmente primazia ao consumo de produtos nacionais, exortando “toda a população portuguesa” a mobilizar-se no apoio à produção agrícola nacional, uma tarefa que compete “aos agricultores, aos consumidores, às empresas em geral e às cadeias de distribuição”. Para o Presidente da República é uma atitude “patriótica produzir mais e melhor”.

Às empresas de distribuição deixou um apelo: “não deixem de apoiar os nossos agricultores, comprando a sua produção a preços justos”.

Cavaco Silva admitiu ainda como possível a extensão da taxa social única às pequenas e médias empresas. “É uma hipótese que está contemplada” no memorando de entendimento que foi acordado com as três instituições internacionais. Mas “será o próximo Governo” a tomar uma decisão sobre essa matéria, observou.

Fonte: Anil

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