BSE: Últimos lotes de farinhas armazenadas destruídos até Setembro

Os últimos dois lotes de farinhas animais armazenadas em Portugal devido ao combate à “doença das vacas loucas” vão ser destruídos até ao final de Setembro, revelou hoje o Ministério da Agricultura.

“Em resultado de um recente concurso público, estão em fase de adjudicação os dois últimos lotes de farinhas de carne e osso armazenados, de 25.994 toneladas, prevendo-se que a sua destruição ocorra até ao final de Setembro”, refere o Ministério numa nota enviada à agência Lusa.

Há três anos, quando o Governo tomou posse, estavam armazenadas 128 mil toneladas daquelas farinhas a aguardar destruição.

A partir de 21 de Outubro de 2005, o ex-INGA (Instituto Nacional de Intervenção e Garantia Agrícola, actualmente integrado no IFADAP) deixou de receber e armazenar as farinhas de carne e osso com risco de conterem a doença das vacas loucas (BSE, encefalopatia espongiforme bovina), dado esta operação ter passado a ser da responsabilidade dos operadores.

“Em 31 de Março de 2006, a quantidade foi reduzida para 95.280 toneladas, dado ter-se destruído em 2005 uma quantidade significativa, das farinhas de carne e osso de risco médio e baixo (Categoria 2 e 3) por valorização agrícola”, lê-se na nota.

Desde 2006 e até ao final de Março passado foram adjudicadas e co-incineradas cerca de 40.540 toneladas destas farinhas, prevendo-se que até ao final de Setembro sejam eliminadas todas as farinhas guardadas em armazéns à espera de serem destruídas.

As farinhas de mamíferos e de aves estão proibidas na alimentação animal desde 1998, sendo o seu destino – segundo uma resolução de Conselho de Ministros do anterior executivo – a incineração ou a co-incineração (queima para valorização energética).

Os ambientalistas têm considerado a incineração de farinhas como “um grave erro económico e ambiental”, alegando que a digestão anaeróbia é uma solução que pouparia 45 milhões de euros por ano ao Estado português.

Nesta solução, preconizada nomeadamente pela associação Quercus, os resíduos são colocados num recipiente fechado onde os microorganismos vão “comer” a matéria orgânica, que é, depois, quase totalmente transformada em gás.

Segundo os ambientalistas, o gás gerado por esta solução pode ainda ser utilizado para produzir energia eléctrica.

Fonte: Agroportal

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