A Comissão Europeia destinou um envelope de 8 milhões de euros a Portugal para financiar programas de erradicação, controlo e vigilância de doenças animais em 2006, anunciou hoje o executivo comunitário em Bruxelas.
Do pacote total de 185 milhões de euros que a Comissão aprovou hoje para financiar 129 programas dos 25 Estados-membros destinados a combater as doenças animais com incidência na saúde pública e saúde animal, 8.033.000 euros são disponibilizados a Portugal, para apoiar diferentes programas.
Mais de metade da verba, 4,39 milhões de euros, destina-se ao financiamento (em 50 por cento) de programas de erradicação e vigilância das principais doenças animais, nomeadamente aquelas transmissíveis aos seres humanos.
Neste contexto, Bruxelas disponibiliza ao Estado português 1,25 milhões de euros para o programa de erradicação e vigilância da febre catarral ovina (“língua azul”), 1,8 milhões de euros para a brucelose bovina, 240.000 euros para a tuberculose bovina, 100.000 euros para a leucose enzoótica bovina (LEB), e 1 milhão de euros para a brucelose ovina e caprina (B melitensis).
A nível de programas de controlo visando a prevenção de zoonoses, Bruxelas destina 488.000 a Portugal para financiar em 50 por cento o combate à salmonelose.
A Comissão decidiu também destinar a Portugal 1.605.000 euros para financiar, em 100 por cento, o programa nacional de vigilância da Encefalopatia Espongiforme Transmissível (testes rápidos e de despistagem), e 685.000 euros para comparticipar (em 50 por cento do abate) o programa de erradicação da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, ou doença das vacas loucas).
Por fim, Portugal vai ainda receber 865.000 euros para o programa de erradicação da “scrapie” (uma encefalopatia da família da BSE), financiando em 50 por cento o abate e em 100 por cento as análises genotípicas.
O comissário europeu responsável pela pasta da Saúde e Protecção dos Consumidores, Markos Kyprianou, afirmou que a Comissão decidiu consagrar “recursos de vulto em 2006 à luta contra as doenças animais”, sublinhando que “a boa saúde dos animais é a chave para a segurança dos géneros alimentícios”.
Fonte: Lusa