Braga: Agricultores em protesto possuem pequenas explorações de leite, carne, vitivinicultura e hort

Os agricultores que protestam esta quinta-feira, em Braga, possuem em geral, pequenas explorações de produções diversas, do leite à carne, passando pela vitivinicultura e pelas hortícolas.

Dados recolhidos pela Lusa em estudos da Direcção Regional de Agricultura e do programa nacional Leader indicam que o peso do sector primário, nomeadamente no Alto Minho, representa mais do dobro da média da Região Norte, sendo o leite a principal produção, seguida da do vinho verde.

Segundo documentos consultados pela Lusa, a agricultura regional, com algumas excepções, é predominantemente de subsistência, com raiz numa economia de tipo familiar e como complemento de outras actividades profissionais, com a actividade agrícola em declínio como resultado do envelhecimento da população, entre outros motivos.

O Valor Acrescentado Bruto do sector, em especial no distrito de Braga corresponde às produções animais, representando a bacia leiteira mais de 40 por cento do produto no Entre-Douro-e-Minho

A produção animal, além da produção de leite, tem algum relevo na produção de carne, com destaque para a da raça barrosã, típica do Minho e do seu interior, e dos ruminantes de montanha, como o cabrito das Terras Altas do Minho, marca, também, já registada.

Entre as culturas destacam-se os cereais (milho regional, milho híbrido e milho para silagem) os prados, forragens e pastagens permanentes e a vinha.

A região caracteriza-se, ainda, pela existência de uma interligação terra/mar, que se reflecte na incorporação de factores de adubagem com recurso a algas secas na actividade agrícola, que originam formas particulares de produção hortícola de elevada produtividade, como sucede com as masseiras da Póvoa de Varzim e Esposende.

A exploração de matas e florestas assume, também, especial importância, em todos os concelhos minhotos, nomeadamente os do interior dos distritos de Braga e Viana do Castelo.

A produção agrícola é facilitada pela proximidade de um grande centro urbano, a cidade de Braga, a cabeça de um quadrilátero urbano que envolve Guimarães, Barcelos e Vila Nova de Famalicão.

Com uma população jovem acima da média da Região Norte e da média nacional, sendo o peso da população idosa o mais baixo, o sector não escapa, no entanto, à tendência nacional, a do envelhecimento dos agricultores.

Os peritos calculam que a origem dos rendimentos dos produtores agrícolas, mesmo os que trabalham a tempo inteiro nas explorações, provêm de outras fontes que não a agricultura, nomeadamente de pensões, remessas da emigração ou rendimentos de outros elementos do agregado, sendo frequente o homem ter um emprego e a mulher tomar conta da quinta, com a sua ajuda ao fim do dia.

A zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês apresenta, ainda, um peso significativo das áreas de montanha, com vocação para a produção de pequenos ruminantes.

Na região minhota assume já significativa importância o Turismo Rural, sector que foi pioneiro no desenvolvimento de uma oferta turística original, baseada em casas rurais ou senhoriais, ligadas ao campo.

Tem, por outro lado, um importante património arquitectónico e cultural ligado à vida rural e um elevado grau de preservação ambiental.

Fonte: Confragi

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