Azeite é rei na feira agrícola

A maior feira do país dedicada à agricultura abriu portas, no sábado, no Centro de Exposições de Santarém (CNEMA), dedicando especial atenção aos biocombustíveis. O certame, que aguarda a visita de 150 mil pessoas, inaugura também um novo salão de exposições, dedicado ao azeite, que, amanhã, contará com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva.

Os biocombustíveis são o tema central da feira, que se prolonga até ao próximo dia 10, juntando cerca de 500 expositores. Este tema foi determinante para a participação no certame, pela primeira vez, da Comissão Europeia que, além de um stand próprio, terá técnicos a participar nos seminários dedicados ao tema, que decorrem durante o evento.

Oportunidade ímpar para os agricultores mostrarem a produção nacional aos consumidores, a feira proporciona a possibilidade aos visitantes de provar e comprar um conjunto de produtos nacionais que vão dos azeites, vinhos, queijos e enchidos até aos doces.

O azeite surge pela primeira vez no certame, com um espaço próprio, que procura a promoção e valorização dos produtores nacionais. Terão lugar dois concursos que distinguirão a melhor produção. A entrega de prémios terá lugar amanhã, numa cerimónia presidida pelo presidente da República.

Em lugar de destaque estará também o Festival do Vinho, que teve a primeira edição o ano passado e se saldou pela positiva. Os enólogos poderão participar em provas diárias e, na quinta-feira, feriado nacional, serão premiados os melhores produtores.

A organização da Feira da Agricultura convidou o primeiro-ministro, José Sócrates, para inaugurar o certame. Um convite que, ao contrário do ano passado, foi extensivo ao ministro da Agricultura, Jaime Silva. João Machado, presidente do CNEMA e que preside também à Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), garantiu que, se aceitar o convite, Jaime Silva “será bem recebido”.

No ano passado, a edição da feira ficou marcada pela polémica quando a organização decidiu não convidar o ministro, devido a divergências relacionadas com questões agro-ambientais. “Não vale a pena falar do passado”, considerou o responsável da CAP, explicando que o diálogo com o Ministério tem decorrido em questões pontuais, como o Plano de Desenvolvimento Regional, as organizações comuns do mercado para os hortícolas e o vinho e a presidência portuguesa da União Europeia.

Este ano, a polémica tem sido marcada por questões locais. Para além da dificuldade na legalização da praça onde o CNEMA vai realizar os espectáculos taurinos, a Câmara de Santarém organizou um programa de animação que decorre em paralelo com o certame, no centro da cidade. A autarquia considera que a medida tem como objectivo atrair mais visitantes à feira, mas os responsáveis pelo certame encaram essa organização como concorrência.

Fonte: Jornal de Notícias

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