Aves de capoeira continuam soltas

Zonas do Alqueva, Mondego, Roxo, Tejo, Aveiro, Óbidos, Sado, Boquilobo, Ria Formosa e Santo André classificadas como perigosas para a gripe das aves
A proibição da manutenção de aves de capoeira ao ar livre nas explorações em zonas de risco para a propagação da gripe das aves ainda não chegou aos ouvidos dos pequenos avicultores. A medida foi decretada na sexta-feira pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV), para evitar o contacto entre as aves migradoras e as domésticas, mas não está a ser cumprida em muitas explorações da zona do Alqueva, da Nazaré, do Montijo, do Algarve e do Porto. O Ministério da Agricultura tem conhecimento da situação, mas defende “uma acção pedagógica” junto dos proprietários.

Segundo fonte do ministério, “as explorações avícolas de grandes dimensões foram já informadas da proibição e conhecem as sanções a que estão sujeitas em caso de incumprimento”. No entanto, os pequenos avicultores “não têm acesso à informação com a mesma facilidade”. Por isso, o ministério “tem de ser pedagógico”. A DGV “irá fiscalizar através das direcções regionais todas as situações”. Mas, antes, “os técnicos dos serviços regionais vão ensinar aos pequenos avicultores como devem proceder”.

A DGV decretou, na sexta-feira, a proibição da permanência de aves de capoeira ao ar livre nas zonas de risco. Um dia antes tinha determinado a proibição da venda de aves em mercados próximos das zonas classificadas pelo Instituto da Conservação da Natureza como perigosas para a entrada do vírus H5N1 no País – Alqueva, Mondego, Roxo, Tejo, Aveiro, Óbidos, Sado, Boquilobo, Ria Formosa e Santo André.

Nas exploraçãoes avícolas localizadas nestas áreas, a criação de aves tem agora algumas regras. Os reservatórios de água exteriores, “necessários a determinadas aves de capoeira por motivos de bem-estar animal, devem estar suficientemente protegidos contra as aves aquáticas selvagens”. E as aves de capoeira “não podem ser abeberadas com água proveniente de reservatórios de águas superficiais aos quais tenham acesso as aves selvagens, a menos que essa água seja tratada para assegurar a inactivação de eventuais vírus”. De acordo com a DGV, o cumprimento destas condições deve ser fiscalizado pelas direcções regionais de Agricultura. O ministério diz que “essas normas são rigorosas”, mas que “a preocupação agora é a de informar”.

mundo. A Indonésia confirmou ontem a quinta morte humana por gripe das aves no País e está a averiguar a possibilidade de ter havido contágio entre humanos. Testes laboratoriais efectuados a uma mulher que morreu em Outubro confirmaram que a causa da morte foi a gripe das aves, elevando para cinco os óbitos provocados pela doença registados na Indonésia, noticiou ontem o jornal Jakarta Post.

O jornal, que cita uma fonte do ministério da Saúde indonésio, acrescenta que os testes efectuados a um sobrinho da mulher que está internado num hospital de Jacarta também deram resultados positivos. O ministério não confirmou se o vírus sofreu uma mutação e foi transmitido entre os dois. “Os dois adoeceram devido à existência de galinhas mortas na casa em que viviam”, sublinhou.

Na China, a polícia está desde ontem a participar no abate de todas aves infectadas da região de Heishan, província de Liaoning, Nordeste do País, de acordo com os media chineses. Mais de 9000 frangos foram mortos na China nas últimas duas semanas. Na sexta-feira, o ministro da Agricultura chinês anunciou que o País vai proceder ao abate de 1800 aves.

Fonte: DN

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