ASAE garante que não há açambarcamento de leite

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) garante que não há açambarcamento de leite. Numa operação, que teve como alvo 32 produtores, armazenistas e retalhistas, e levada a cabo na sequência de várias notícias que indicavam rupturas na oferta de leite nos supermercados, “não foi verificada a situação de açambarcamento”, explicou fonte da ASAE.

Face às queixas dos consumidores, produtores e distribuidores rejeitam responsabilidades. Do lado da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), chega a garantia de que não há registo de qualquer problema. “O nosso objectivo é vender, não só leite, mas todos os outros produtos”, disse Vieira e Silva. “Qualquer falha na cadeia de abastecimento, estará na produção”.

Raciocínio semelhante, mas em sentido inverso, têm os produtores e os industriais do sector, que desmentem qualquer ligação entre a quebra de produção verificada e a alegada falta de leite nos supermercados. “Há realmente uma quebra de produção de cerca de 7%, mas não é isso que coloca em causa o abastecimento”, garantiu Fernando Cardoso, secretário-geral da Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Lacticínios, reconhecendo saber da existência de limitações em determinadas marcas, consequência estrita das “políticas de distribuição”.

“Da parte dos industriais, as entregas estão a ser respondidas com celeridade e cumprindo as quantidades solicitadas”, explicou Pedro Pimentel, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), que atribuiu as falhas detectadas pelos consumidores à “gestão de stocks feita pelos distribuidores”.

Pedro Pimentel atribui, no entanto, a “falta momentânea de leite nas prateleiras” a uma procura excessiva por parte dos consumidores, que reagiram às notícias da quebra da produção comprando mais do que aquilo que necessitam. O secretário-geral da ANIL recorda, ainda, que é nesta altura do ano que produção diária de leite cresce ao ponto máximo. Pelo que, “se não houve falhas no abastecimento nos meses em que a produção é menor, não há muita justificação para que ocorra agora”.

Fonte: Anil

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