Argentina impõem medidas para impedir subida do preço da carne de bovino

Na Argentina, o preço de carne de bovino subiu 54 por cento nos últimos doze meses, com um consumo de 70 quilos por habitantes e ano, pelo que é considerada um produtos de primeira necessidade.

A principal razão para o aumento dos preços é a redução de animais, que caiu 10 por cento em 2008 e finais de 2009, reflectindo-se numa redução de cinco milhões de cabeças, sendo que em 2009 o número de abates atingiu o recorde de 16,3 cabeças, como consequência da seca e cotações baixas.

O Governo argentino tem tentado baixar o preço da carne, dificultando a exportação e condicionando a venda, a preços baixos no interior do país. O acordo com as empresas frigoríficas exportadoras procura garantir que 25 por cento do volume de carne se comercialize a preços acessíveis nos supermercados, que são 50 por cento inferiores aos actuais.

Perante os produtores, o ministro da Agricultura apresentou um pacote de medidas baseadas em desenvolver a pecuária, como compensações semelhantes às dirigidas ao sector dos cereais, concentrando-se exclusivamente na produção de novilhos com mais de 430 quilos, face à medida em vigor, que subsidia animais com qualquer peso.

Mesmo assim, a administração argentina, em Fevereiro de 2011, espera elevar o peso mínimo de abate, dos 260 para 320 quilos, aumentando este peso 10 quilos em cada dois meses.

Os produtores, por seu lado, solicitaram uma redução temporária do Imposto de valor Acrescentando na carne, de forma a incentivar o consumo de carnes alternativas, estimular a produção de novilhos pesados e simplificar o esquema de direitos de exportação, assim como dinamizar a distribuição da Quota Hilton.

Fonte: Agrodigital e Confagri

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