Alimentos Perderam Conteúdo Nutricional nos Últimos 50 Anos

A Universidade do Texas publicou um estudo no qual revela que os níveis de nutrientes em frutos, vegetais e algumas culturas alimentares sofreram declínios dramáticos nos últimos 50 anos. Os cientistas apontam agora para a agricultura biológica como sendo o caminho mais saudável.

A principal razão para o decréscimo no conteúdo nutricional e na qualidade de diversos alimentos prende-se com a forma como os produtos são cultivados, processados e preparados.

«Culturas de alto rendimento crescem mais ou mais rapidamente, mas não são necessariamente capazes de produzir ou conservar nutrientes suficientes para manter o seu valor nutricional», disse o bioquímico Donald Davis.

De acordo com o Food Navigator, recentes estudos sobre vegetais, frutos e trigo mostram perdas de 5 a 35 por cento na concentração de algumas vitaminas, minerais e proteínas, ao longo dos últimos 50 anos. Este fenómeno é já conhecido como o “efeito de diluição”.

Outras mudanças significativas na agricultura da última metade de século são a generalização da utilização de pesticidas, de reguladores do crescimento das plantas, de fontes altamente solúveis de nutrientes vegetais e de uma redução de fertilizantes com húmus.

«Os produtos cultivados através de agricultura biológica oferecem qualidades promotoras da saúde significativamente maiores, contribuindo para atingir importantes objectivos nacionais de saúde», afirmou Davis.

Outros estudos mostraram o mesmo género de problemas noutros alimentos. Uma comparação entre as tabelas nutricionais de 1940 e de 2002, no Reino Unido, mostrou que o ferro contido em 15 variedades diferentes de carne decresceu, em média, 47 por cento; outros produtos mostraram quebras de 80 por cento; o leite perdeu 60 por cento do ferro que continha há 60 anos.

O cobre e magnésio, essenciais para o funcionamento de enzimas, mostraram também decréscimos na carne e produtos derivados. Os níveis de magnésio quebrarem em dez por cento, enquanto os de cobre chegam a perdas de 60 por cento.

Fonte: Confragi

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