AEP Lança Iniciativa “Compro o que é Nosso”

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) dá a conhecer na próxima semana uma iniciativaa inovadora de sensibilização para o consumo de produtos e marcas nacionais que abrange empresas, trabalhadores e consumidores. Com o lema “Compro o que é nosso”, a iniciativa prevê um investimento de 2,1 milhões de euros e começa a ser implementado no início do próximo ano em todo o país.

O “Compro o que é nosso” arranca com os patrocínios da Sonae Indústria, Recer, Delta Cafés, Lasa, Cifial e Silampos e conta com 72% de investimento privado e tem solicitado um apoio de 28% ao Estado. No seguimento do já extinto Programa Infante – que actuou junto das empresas na promoção da produção portuguesa com qualidade -, a AEP decidiu “melhorar e aplicar de uma outra forma” o conceito, explica o presidente da associação.

Esta nova iniciativa vai mais longe, visando mobilizar os empresários a serem mais “competitivos em preço, qualidade e inovação”; os trabalhadores a “produzirem com mais brio e a terem orgulho no tecido empresarial português”; e pretende ainda chegar aos consumidores. As acções dirigidas aos consumidores são, sobretudo, de informação sobre a importância da escolha de produtos e marcas portuguesas na economia nacional, designadamente no aumento do Produto Interno Bruto (PIB), no emprego e no equilíbrio da nossa balança comercial.

“Temos conhecimento que o povo português é inteligente e não vai comprar aquilo que não gosta. Não se trata apenas de fazer uma campanha a dizer para se comprar o que é português a qualquer preço, mas aquilo que satisfaz as suas necessidades com qualidade”, salienta o presidente da AEP ao JN.

Ludgero Marques acredita que o aumento do consumo de produtos nacionais “poderá permitir a Portugal diminuir as suas importações”. Se as empresas se empenharem em “melhorar os seus produtos e forem reconhecidas no mercado podem favorecer o crescimento das exportações”, explica. Salientando que a campanha não deve ser vista como uma forma de “proteccionismo” à indústria portuguesa, Ludgero Marques lembra que “não se está contra os produtos importados”, mas sim a promover “o reconhecimento das marcas portuguesas”.

Essencial para o sucesso do “Compro o que é nosso” será a participação de empresas de todas as áreas de actividade. “Se estiverem todas as empresas e, fundamentalmente, os jornais, a televisão e a rádio, que também podem dar o seu contributo, este programa fará muito bem a Portugal”, defende o líder da AEP. Para aderir é necessário que os produtos tenham Valor Acrescentado Nacional (VAN). “Naturalmente, não é preciso fabricar 100% em Portugal, porque isso não é possível. Mas têm de ter VAN suficiente para que seja considerado um produto que incorporou mão-de-obra portuguesa”, explica o também empresário.

Os produtos aderentes serão facilmente reconhecidos pelos consumidores através de um selo colocado nos artigos com a mensagem “Compro o que é nosso”. A sensibilização junto do consumidor será realizada através de uma campanha de publicidade, que começa em Janeiro de 2007 em todos os meios de comunicação social e que joga com a frase “Cá se fazem, cá se compram”, bem como de acções de “merchandising” em pontos de venda como o Continente, Modelo, Pingo Doce e Feira Nova.

Fonte: Anil

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