A proposta de reforma da organização comum de mercado do açúcar deverá ser avaliada na próxima semana. Portugal é um dos países afectados pelos planos da Comissão Europeia.
A produção e indústria portuguesas do açúcar poderão desaparecer na sequência da reforma pretendida, em que o objectivo é baixar, ao longo dos próximos dois anos, 39 por cento do preço do produto baseado na cana do açúcar e 42 por cento do preço do produto baseado em beterraba.
Pretende-se, assim, que a União Europeia acompanhe as tendências de preços do mercado mundial. A comissária da Agricultura, Mariann Fischer Boel, garantiu, contundo, que as empresas produtoras dos países mais afectados pela reforma do sector poderão “vender” a sua quota de produção, através de um plano de quatro anos.
A quota de produção anual de Portugal é de 350 toneladas, adianta o “Jornal de Notícias”, avançando também, que o consumo interno é de apenas 280 toneladas.
A reforma da organização comum de mercado do sector açucareiro afecta, principalmente, a Itália, a Grécia, Irlanda e Portugal. O abandono do sector deverá representar uma quebra produtiva, a nível comunitário, de nove por cento.
O desaparecimento de postos de trabalho poderá ter «um impacto significativo na pobreza», reconhece a Comissão Europeia, pelo que se pretende delinear «estratégias de adaptação».
Fonte: JN