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O Governo açoriano apresentou ontem aos parceiros sociais uma proposta de estatuto para o futuro Centro do Leite e Lacticínios, órgão que visa estabelecer uma “relação de solidariedade entre quem produz e quem transforma” a matéria-prima.
O secretário regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, que se reuniu hoje com representantes de seis organismos de industriais e produtores de leite, adiantou que a constituição do Centro do Leite e Lacticínios nos Açores vai “permitir aos produtores e transformadores debater situações que dizem respeito ao sector”.
“Associar às explorações e indústrias alguma investigação aplicada, estudos de mercado, algum acompanhamento da evolução dos preços” são algumas das vantagens do futuro centro, ressalvou o governante, adiantando que este órgão poderá ainda “assumir funções actualmente exercidas pela tutela”, como é o caso da classificação do leite.
O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, disse aos jornalistas à saída da reunião que, embora o “centro não resolva todos os problemas da fileira do leite”, vai dar “mais transparência e segurança ao sector”.
Segundo Jorge Rita, a proposta vai ser agora analisada para apresentação de alterações, cujo prazo estipulado é até fim de Setembro.
O secretário regional da Agricultura e Florestas referiu que os parceiros sociais têm agora “oportunidade de contribuir com sugestões para melhorar a proposta apresentada”, sublinhando que “é com o contributo das partes que devemos construir o Centro do Leite e Lacticínios”.
“Os produtores não podem ficar ricos à custa da pobreza das fábricas, nem as fábricas podem ficar ricas à custa da pobreza dos produtores”, afirmou ainda Noé Rodrigues, lembrando que o organismo, a criar, vai ter um âmbito de actuação “muito amplo”.
Fonte: Lusa
