Os agricultores portugueses afectados pela seca aguardam há um mês uma resposta do Ministério da Agricultura quanto a um pedido de ajuda ao financiamento do transporte para Portugal de quase cinco mil toneladas de palha e feno disponibilizados de forma solidária pela França.
“O carregamento de quatro a cinco mil toneladas de palha e feno foi disponibilizado por França a preço solidário, mas os custos com o transporte para Portugal tornam os preços muito elevados”, explicou Joaquim Manuel, dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) no Alentejo
Perante a falta de uma resposta do Ministério, a CNA decidiu realizar um plenário de agricultores marcado para hoje, à porta da Direcção Regional de Agricultura do Alentejo, em Évora.
Nesta reunião, os agricultores alentejanos vão discutir a falta de água, a alimentação animal e ajudas institucionais precisas.
Perante a situação de seca que o país atravessa, a Comissão Europeia aceitou, há largas semanas, subsidiar o transporte de cereais de intervenção húngaros para a alimentação de gado em Portugal. São 200 mil toneladas de milho, trigo e cevada que têm de ser escoados para território até ao final do ano.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, já anunciou que iam ser abertos concursos para que os agricultores afectados pela seca pudessem receber estes cereais já a partir do final deste mês.
NOTAS
AJUDAS
A Comissão Europeia já autorizou o Governo português a antecipar o pagamento de vários prémios e o pagamento único por exploração referentes a 2005 aos agricultores afectados pela seca.
DISTRIBUIÇÃO
Os efeitos da seca já se começaram a estender ao Norte do Alentejo, com as populações de Alpalhão e Tolosa, no concelho de Nisa, a serem abastecidas através de autotanques, devido à escassez de água nos aquíferos.
Fonte: Correio da Manhã