53% sem trabalho em Engenharia Biotecnológica

Cursos na Escola Superior Agrágria obrigam jovens a pensar em emigrar. Área está pouco desenvolvida

A dificuldade em arranjar emprego é uma das dores de cabeça de Sílvia Afonso, 23 anos, aluna do 3º ano de Engenharia Biotecnológica da Escola Superior Agrária de Bragança (ESAB), criado há 12 anos.

A jovem teme não conseguir trabalhar na área. É quase certo que, para o fazer, terá de sair da região. E não exclui a hipótese de emigrar, “se não tiver alternativa”. O curso não foi a sua primeira opção (preferia Enfermagem), mas não teve média.

A taxa de desemprego de 53% inquieta também Mónica Barra, 22 anos, do mesmo ano, que se deslocou de Santarém para Bragança. As jovens consideram que a Biotecnologia em Portugal está pouco desenvolvida e, por isso, o mercado de trabalho oferece poucas oportunidades. Na altura das candidaturas ao ensino superior não tiveram em conta as taxas de empregabilidade. “Depois de entrar é que comecei a ver isso, vão-nos dizendo que é difícil”, contou Mónica Barra.

O presidente da ESAB, Albino Bento, não acredita nos valores do Ministério e diz que os números da escola apontam para uma taxa de emprego de 80%. Outro curso onde os empregos são escassos é o de Engenharia Química e Biológica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, que terá uma taxa de desemprego de 44%. Também o director do curso, Hélder Gomes, desconfia dos números, porque devem ter sido obtidos fazendo a média de diplomados dos últimos três anos, cruzando com o número de inscritos no centro de emprego.

Fonte: Jornal de Notícias

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