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A Comissão Europeia anunciou, ontem, a retirada de parte da quota de produção de açúcar no sentido de evitar os previsíveis excedentes do final da presente campanha.
A retirada de quota implicará uma redução temporária na quantidade que os produtores de açúcar podem produzir no âmbito da quota, o que obrigará a que uma parte do açúcar da campanha 2007/2008 terá que contar para a quota da campanha 2008/2009 ou ser vendida como açúcar fora de quota para fins industriais.
A Comissão Europeia crê que a retirada de quota vai ascender a, pelo menos, dois milhões de toneladas, o que corresponde a 12 por cento da quota. Não existem, ainda, números definitivos, esperando-se que o executivo defina os valores em Outubro, altura em que os números referentes à colheita de açúcar já serão mais confiáveis.
«Em várias ocasiões, e em particular nos Conselhos de Novembro e Dezembro, alertei os operadores de açúcar e os estados-membros para os riscos advenientes de um fracasso na redução das quotas de produção, sob os termos da reforma do ano passado», lembrou a comissária europeia da Agricultura.
A principal preocupação de Mariann Fischer Boel prendia-se com o facto dos fundos para ajudar os produtores de açúcar não competitivos a abandonar o sector não estarem a ser bem utilizados e que apenas algumas empresas estivessem a beneficiar do dinheiro.
«Fui bastante clara e, a não ser que se renunciasse a muito mais quota, as consequências seriam sérias para todos», lê-se em comunicado da Comissão Europeia. O executivo confirmou que o abandono das quotas de açúcar na campanha 2007/2008 não vai exceder as 650 mil toneladas, o que resultará em excedentes substanciais.
Fonte: CE e Confragi
