A Comissão Europeia vai autorizar a destilação de crise para um máximo de 185 mil hectolitros de vinho de mesa e de qualidade de Espanha. O preço por hectolitro deverá ser fixo em três euros.
O álcool resultante desta operação de destilação só poderá ser utilizado como biocombustível para consumo industrial, impedindo que a produção de licores seja prejudicada.
A nova autorização vai somar o vinho espanhol aos 6,6 milhões de hectolitros de França, Itália, Grécia, Portugal e Espanha (em autorização anterior) que solicitaram, este ano, a destilação de crise.
Trata-se de um mecanismo que permite a eliminação de excedentes e que podem provocar «um decréscimo dos preços e um preocupante incremento das reservas», lê-se em comunicado da Comissão Europeia. A destilação de crise está prevista na actual organização comum de mercado do vinho e pode ser activada «em caso de perturbações excepcionais do mercado devido a importantes excedentes».
A proposta de reforma da organização comum de mercado do vinho pretende eliminar, contudo, a destilação de crise, obrigando os produtores a trabalhar para o mercado e não flexibilizar o mercado em função das necessidades dos produtores.
Fonte: Confragi