UE: Agricultura continuou a ser a prioridade em 2005

Em artigo recentemente publicado o portal EurActiv.com conclui, após uma análise dos dados publicados sobre o orçamento europeu para 2005, que a UE continua a ser uma organização para o financiamento da agricultura nos “antigos” 15 Estados membros.

Em 21 de Setembro de 2006, a Comissão publicou o seu ‘Relatório financeiro2005‘ e a ‘
‘Repartição das despesas da UE por Estado membro em 2005‘ . O relatório é relativo ao primeiro ano após o alargamento de 2004, em que dez países se juntaram à UE, bem como ao primeiro da Comissão Barroso em exercício. 2005 foi igualmente marcado pelo conflito sobre as perspectivas financeiras para o período 2007-2013 e os atentados terroristas de 7 de Julho em Londres. Segundo o EurActiv.com os números publicados pela Comissão permitem tirar um certo número de conclusões :

No total, a UE despendeu 104,8 mil milhões de euros (pagamentos executados), ou seja, um aumento de 4,7% em relação às despesas de 2004 (100,1 mil milhões de euros);

Em termos de despesas repartidas, os 15 ‘antigos’ Estados membros da UE receberam 87 mil milhões de euros (89,4%) de fundos europeus, contra 9 mil milhões de euros para os dez novos (10,6%)

A UE despendeu 227 euros per capita nos ‘antigos’ Estados membros e 123 euros nos novos;

Quatro antigos Estados membros (a Espanha, a França, a Alemanha e a Itália) receberal cada um mais fundos que os dez novos Estados membros juntos;

A Espanha é o principal beneficiário dos fundos (14,82 mil milhões de euros); em 2004, os fundos mais importantes jamais atribuídos a um só país num ano (16,36 mil milhões de euros) foram também destinados à Espanha;

A agricultura recebeu mais 4,9 mil milhões de euros em 2005 comparando com 2004, essencialmente em ajudas directas;

92,3% (44,7 mil milhões de euros) das despesas agrícolas da UE são dos ‘antigos’ Estados membros, a França (20,7%), a Alemanha (13,5%), a Espanha (13,3%) e a Itália (11,4%) representando 58,9% das despesas totais.

Os financiamentos destinados às acções estruturais tiveram uma quebra de 1,4 mil milhões de euros (elevando-se a 32,8 mil milhões de euros comparando com 34,2 mil milhões em 2004), tendo as principais reduções sido registadas nos fundos estruturais (1,4 mil milhões de euros) e os fundos de coesão (420 milhões de euros);

A Espanha (24,4%) foi o principal beneficiário dos financiamentos destinados às acções estruturais, seguida da Alemanha (14,1%), da Itália (13,2%) e do Reino-Unido (10,5%). No conjunto, os quatro países receberam 62,2% dos financiamentos. Os dez novos Estados membros receberam por seu lado 5,5%.

A Polónia é o Estado membro que regista a taxa de desemprego mais elevada e que tem os maiores problemas estruturais na UE. No entanto, este país de 38 milhões de habitantes (8,3% da população europeia) apenas recebeu 4,2% (4 mil milhões de euros) das despesas repartidas da UE.

No quadro das perspectivas financeiras para o período 2007-2013, a situação deverá evoluir graças a novas rubricas orçamentais e a um compromisso de reduzir as despesas agrícola).

Fonte: Agroportal

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