Trabalhadores do matadouro doentes com brucelose

Vários trabalhadores do matadouro de Leiria terão contraído brucelose, no local de trabalho, a partir do contacto com animais infectados. Apenas um caso está notificado, mas a Autoridade de Saúde concelhia admite a possibilidade virem a confirmar-se outros, com o rastreio que começou a ser feito na passada sexta-feira. Os resultados das análises deverão ser divulgados hoje.

O médico responsável pela Saúde Pública em Leiria, Jorge Costa, não confirmou ontem a existência dos dez casos já apontados e disse ao DN que “só com os resultados das análises se pode saber quantas são as pessoas infectadas”.

Dez casos corresponderiam ao número de funcionários que se encontram com baixa médica e “nem todos os doentes terão brucelose”, responde o administrador do matadouro Luís Gomes, que afirma que o assunto “foi entregue à Autoridade de Saúde”.

O foco da infecção terá tido origem num abate sanitário de ovelhas, realizado no matadouro, há cerca de dois meses. No entanto, os veterinários, afirmam que o contágio “até pode não ter partido dos animais doentes”. Explicam que a doença é, muitas vezes, contraída no abate comum quando aparecem animais contaminados sem terem sido identificados. “No caso de um abate sanitário, os trabalhadores envolvidos estão prevenidos e não descuram as normas de higiene”, justificam.

Porém as informações disponíveis apontam, precisamente, para a falta de cuidado no acto do abate das ovelhas portadoras de brucelose. “Tudo isso terá que ser esclarecido”, sublinham os diversos intervenientes no actual processo de apuramento da origem do contágio, desde o administrador da empresa aos médicos.

Em menos de um ano, a brucelose voltou a atingir pessoas na área de Leiria. No Verão passado, foram despistados cerca de quatro dezenas de doentes.

Fonte: Diário de Notícias

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