Suspeita de gripe das aves no centro de Itália foi falso alarme

Diariamente, o vírus da gripe das aves vai ganhando terreno nos países da União Europeia. Depois de ter chegado a três regiões de Itália e à Grécia no fim-de-semana, as suspeitas viravam-se ontem para a província de Pescara, uma zona montanhosa perto de Roma. Mas ao fim do dia, uma voz oficial veio afastar estes receios, embora se aguardem resultados de análises complementares.

O alarme foi dado pelo ministro da saúde italiano que anunciou a existência de mais um cisne morto sobre o qual recaía a suspeita de infecção com a estirpe mais mortal do vírus da gripe aviária. Francesco Storace anunciou ainda a activação de uma unidade de crise para gerir a situação da província de Pescara, localizada a este da capital italiana. Mas as piores suspeitas não se vieram a confirmar.

No sábado, a Itália acordou para uma evidência temida há muito tempo o vírus atingira o território nacional. Na Sicília, Calábria e Puglia foram encontrados 21 cisnes mortos com o vírus da gripe das aves, cinco dos quais portadores da estirpe mais mortal, o H5N1.

O Governo apelou à calma, pediu à população para não tocar em animais mortos e para não entrar numa “psicose ao frango”, mantendo os seus hábitos alimentares. Ontem reuniram-se de emergência os especialistas científicos e responsáveis das províncias para testar as medidas de segurança já decretadas.

Bulgária e Grécia também foram confrontadas com o mesmo cenário durante o fim-de-semana, quando se confirmaram as piores suspeitas. Três cisnes selvagens em Salonica e Pieria revelaram ser portadores do vírus. Na Bulgária, a doença eclodiu na região pantanosa de Vidin, próxima da fronteira romena.

Na Roménia, o número de focos alargou-se ontem para 29, atingindo agora a zona de Constanta. Aqui os testes preliminares a 30 frangos mortos colocam a gripe das aves como a principal suspeita da morte, embora na sua combinação menos perigosa, ou seja, o vírus H5.
Um cisne encontrado morto a dez quilómetros da fronteira da Eslovénia com a Áustria veio lançar o alerta. As autoridades nacionais confirmaram a presença do H5, e enviaram as amostras para o laboratório de referência na UE em Weybridge, no Reino Unido, para serem realizadas análises complementares.

Mas as medidas de emergência não se fizeram esperar. Num raio de três quilómetros foi criado um perímetro de protecção – que obriga a confinar as aves domésticas e proíbe a caça – e num raio de dez quilómetros uma zona de segurança, já abrangendo território austríaco.

Na Indonésia, a gripe das aves fez ontem mais duas vítimas, duas mulheres de 22 e 27 anos. Em todo o mundo, já morreram 90 pessoas infectadas com o vírus.

Fonte: DN

Veja também

Consumo de café aumenta resposta ao tratamento da hepatite C

Os pacientes com hepatite C avançada e com doença hepática crónica que receberam interferão peguilado …