Produtores de leite e carne exigem «fixação de preços mínimos»

Produtores de leite e carne exigem que o Governo exerça pressão na Comissão Europeia para que se mantenham as quotas nacionais de produção de leite e exigem fixação de «preços mínimos» para que possam ter «algum lucro».

Reunidos hoje em Braga, no II Encontro Nacional de Produtores de Leite e Carne, uma centena de agricultores aprovou uma resolução, que vai ser entregue no Governo Civil de Braga, onde exigem que o Governo tome «medidas fundamentais para a sobrevivência do sector», escreve a Lusa.

As principais exigências inscritas na resolução passam por uma «regulamentação efectiva dos mercados, de forma a garantir alguma margem de lucro do lado da produção», e que o Governo «exija veementemente da Comissão Europeia a manutenção do sistema de quotas de produção nacionais de leite».

O director da Associação Nacional de Produtores de Leite e Carne (ANPLC), José Lobato, deu conta dos objectivos a atingir: «Pretendemos combater a grave crise que o sector atravessa. Queremos chamar a atenção do Governo e exigir medidas que nos ajudem a ultrapassar as dificuldades».

Para José Lobato, o estado da produção de leite e carne é de «quase de falência [porque] os custos são cada vez maiores e o preço pago ao produtor é cada vez menor».

Para contrariar esta tendência, os agricultores exigem que «o Observatório de Mercados Agrícolas produza uma tabela mínima de preços à produção, de forma a regular efectivamente o mercado».

A possibilidade da Comissão Europeia extinguir as quotas nacionais de produção de leite e a liberalização do mercado do leite são outras das preocupações manifestadas pelos agricultores.

Fonte: Agência Financeira

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