Portugal quase duplicou exportações de pescado nos últimos cinco anos

Portugal exportou “680 milhões de euros de produtos de pesca” nos últimos cinco anos, o que representa um aumento de “87 por cento” das exportações, contra mais “20 por cento” das importações, revelou o secretário de Estado adjunto das Pescas.

O secretário de Estado adjunto da Agricultura e Pescas esteve ontem na Póvoa de Varzim para assistir à tomada de posse da Associação Pró-maior Segurança dos Homens do Mar.

Apesar de reconhecer que o saldo “é positivo”, uma vez que o “défice comercial foi reduzido em sete por cento”, Luís Vieira defendeu que a substituição das importações pelas exportações “é um caminho que tem que continuar a ser percorrido”.

Por isso, “urge continuar a divulgar o que é nosso, porque só através do escoamento do produto nacional é que podemos valorizar o trabalho dos pescadores que serão melhor remunerados”, frisou o governante.

Os “consumidores têm que procurar a produção nacional em detrimento dos produtos internacionais”, como forma de “criar mais riqueza e emprego”, alertou.

Mas esse é um papel que cabe não só a quem consome, mas também a quem vende.

E neste contexto, as grande superfícies têm que ter “uma atitude patriótica” ao colocarem nos seus pontos de venda “produtos portugueses”, que são superiores em “qualidade e preço”, sublinhou.

Luís Vieira congratulou-se com o trabalho de incentivo que o Governo tem feito nesta matéria, justificando que os números dos produtos que o país consome do estrangeiro só não são menores, porque Portugal importa “42 por cento” de bacalhau, uma espécie não captura.

Ainda assim, a quota portuguesa em águas internacionais aumentou “50 por cento nos últimos anos”, mas é verdade que somos “grandes consumidores” deste tipo de pescado.

Por ano, Portugal importa entre “400 a 500 milhões de euros” de bacalhau, referiu o governante.

Mas, e tendo em conta este factor, Luís Vieira acredita que é sempre possível “contribuirmos ainda mais para a valorização do nosso pescado, de forma a aumentarmos a nossa riqueza.

“Ao consumirmos mais, produzimos mais e aumentamos também as exportações”, concluiu.

Fonte: Agroportal

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