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A Direcção-Geral de Veterinária anunciou ontem que não houve qualquer importação de aves vivas do Reino Unido nos últimos 45 dias, informação dada na sequência de um caso da gripe das aves detectado numa exploração inglesa.
“A autoridade veterinária portuguesa procedeu ao levantamento dos registos de movimentos e trocas comerciais de aves vivas com o Reino Unido, tendo confirmado que não existe qualquer registo destes movimentos nos últimos 45 dias”, informa o comunicado da Direcção-Geral de Veterinária (DGV).
As autoridades britânicas esclareceram ainda que não houve qualquer movimento de “perus nas últimas 10 semanas” para o exterior da exploração onde foi detectado o vírus H5N1.
A nota adianta também que deram resultado negativo todas as 13.500 análises a aves realizadas em Portugal desde o início do ano passado até 15 de Janeiro último. Os serviços veterinários portugueses “mantêm um dispositivo permanente da evolução da situação” e “caso o cenário do surto agora detectado” evolua negativamente poderá dar-se “um ajustamento nos níveis de segurança em vigor”.
Na segunda-feira, o Ministério da Agricultura afirmou que a situação em relação à gripe das aves em Portugal “está como estava há uns anos” e que “não houve mudanças de comportamentos”.
“Nada se alterou nos últimos dois ou três anos. Há planos de contingência e vigilância activados e não houve mudanças”, disse segunda-feira à Lusa uma fonte oficial do Ministério, escusando-se a avançar quaisquer pormenores e a comentar a situação em Inglaterra.
Na exploração britânica onde se detectou o caso de gripe das aves foram abatidos 150 mil perus, tendo o vírus H5N1 sido encontrado num pavilhão com cerca de sete mil aves. Seis trabalhadores portugueses estiverem em contacto directo com essa exploração, mas já foram medicados com Oseltamivir, vacinados contra a gripe sazonal e estão sob vigilância.
Fonte: Lusa
