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O Presidente do Sindicato Livre dos Pescadores admitiu hoje recorrer a formas mais radicais de luta, como “encerramento de portos e estradas” no caso de uma resposta negativa às reivindicações hoje apresentadas ao ministro da Agricultura e Pescas.
Joaquim Pilo falava à saída de uma reunião com o chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, a quem entregou uma carta com as reivindicações dos pescadores, na sequência de uma greve de 24 horas em protesto contra a falta de subsídios aos combustíveis.
Contudo, afirmou que o sindicato, armadores e organizações de produtos vão reunir-se ainda esta semana para decidir a estratégia a tomar.
O sindicalista adiantou que o ministro aguarda por uma reunião com o Comissário Europeu das Pescas, marcada para 25 de Junho em Bruxelas, para então poder responder às exigências apresentadas, que além dos subsídios, dizem respeito ao arranque das obras do novo porto de pesca da Trafaria, que substituirá a Docapesca, em Pedrouços, desactivada em 2003.
Joaquim Piló classificou o encerramento da Docapesca como “crime hediondo, porque era a melhor estrutura de pescas do País”, adiantando que os estudos para o porto da Trafaria já foram efectuados pela Administração do Porto de Lisboa (APL) e custaram 13 milhões de euros.
Das exigências apresentadas destaca-se ainda uma linha de crédito de apoio às pescas e a instituição de regras mais rígidas às importações de peixe, particularmente face a Espanha.
Um segunda carta foi posteriormente entregue no Ministério das Obras Públicas, acentuando as difíceis condições logísticas da Trafaria, sem lota, e solicitando o arranque das obras do futuro porto.
Fonte: Agroportal
