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A diminuição das capturas e receitas de pesca e os consequentes aumentos do preço dos combustíveis será analisada sexta-feira, em Matosinhos, numa reunião entre o sindicato do sector e a Organização de Produtores de Sardinha (ProPeixe).
Em comunicado hoje enviado, o Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte (STPN) refere que a situação das pescas atinge um grande número de pescadores, em particular os 900 pescadores de sardinha que se encontram numa situação económica “desesperante”.
O sindicato reclama do Governo, há vários meses, a “paragem biológica na faina da sardinha” devido à má qualidade do pescado “que serve apenas para farinha”, proposta que o Ministério da Agricultura rejeitou, alegando ser “impossível” criar condições de excepção contrárias à legislação comunitária, pois o pescado tem mais do que o tamanho mínimo estabelecido por lei (11 centímetros).
Em contrapartida, o Executivo manifestou “total abertura” para apoiar projectos das organizações de produtores que promovam e estimulem o consumo e a valorização da sardinha e mostrou-se também disponível para minimizar os problemas decorrentes de uma situação, que sendo preocupante é “cíclica” e que estará ultrapassada a “muito curto prazo”.
Para a estrutura sindical, a faina deveria parar durante cerca de um mês para permitir que a espécie adquira “mais qualidade e maturidade, devendo o Governo durante esse período prestar-lhes apoio financeiro ao abrigo do fundo de compensação salarial”.
De acordo com os dados do STPN, esta situação está a afectar os cerca de 900 pescadores das 35 traineiras e 23 embarcações mais pequenas – “tucas” – desde Viana do Castelo até à Figueira da Foz.
A lota de Matosinhos é considerada o maior ponto de descarga de sardinha da Europa.
Fonte: Agroportal
