Os combustíveis acabaram em muitos postos de abastecimento de Portimão, Lagos, Carnaxide, Amadora e Coimbra, segundo a Associação de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), que diz que o país pára caso a paralisação dos camionistas continue por mais um ou dois dias.
Em Portimão, «há longas horas que Galp, BP, Repsol e Total, já não tinham os principais produtos», e o posto do Modelo «encerrou», disse à agência Lusa o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron.
Ainda no Algarve, as bombas da Galp estão sem combustíveis desde segunda-feira e a Total esgotou ontem o produtos principais.
Situação idêntica na Amadora, onde os postos existentes, das três primeiras marcas, «esgotaram hoje gasóleo e gasolinas», relatou Augusto Cymbron.
Estes dados são das 18:00 horas, os últimos de que a associação dispunha cerca das 22:00 horas, ou seja, «agora deve haver já muitos mais postos de abastecimento fechados».
«Coimbra estava já muito mal ao final da tarde e em São Domingos de Rana [Sintra] o único posto existente fechou», adiantou o presidente da ANAREC.
«O país pára se o bloqueio se mantiver durante um ou dois dias», afirma, «até porque mesmo depois de os camiões-cisterna [de abastecimento] começarem a circular, não é num dia que se normaliza a situação».
Existem em Portugal entre 2.200 a 2.300 postos de abastecimento de combustível, que são reabastecidos por camiões-cisterna a partir dos locais de armazenamento, mas «de Aveiras, Setúbal e Sines, não está a sair nem um», alerta o presidente da ANAREC.
Este representante do sector apelou ao Governo para que «pense na situação em que o país cairá, caso o bloqueio se prolongue» e defende que a solução passa «pela descida do imposto sobre os combustíveis [ISP]».
«Isto não significa sequer menos receita para o Estado porque se recuperavam grandes clientes que neste momento abastecem em Espanha», defende o presidente da ANAREC.
Fonte: Confragi