Obesidade: Quase 20% dos portugueses têm excesso de peso

Quase dois em cada dez portugueses têm excesso de peso e 16,5% da população adulta é obesa, segundo dados do Inquérito Nacional de Saúde referentes a 2005-2006 hoje divulgados.

A população com obesidade aumentou quase três pontos percentuais em sete anos, quando comparado o período 2005/2006 com 1998/1999.

Considera-se que uma pessoa tem excesso de peso quando o seu índice de massa corporal – relação entre o peso e a altura – se situa entre 27 e 30 quilos por metro quadrado e torna-se obesa quando o mesmo índice ultrapassa os 30 kg/m2.

O excesso de peso afecta mais os homens, com uma percentagem de 21% contra os 17% da população feminina, enquanto a obesidade está mais presente em mulheres, embora as diferenças não sejam significativas (16,9 contra 16%).

É a partir dos 45 anos que começam a aparecer mais portugueses afectados pelos problemas de peso.

Uma análise às Regiões Autónomas permite perceber que a obesidade nos Açores ultrapassa em quase quatro pontos percentuais os valores do Continente, enquanto na Madeira é o excesso de peso que se situa acima dos números registados em Portugal Continental.

Os valores referentes à obesidade mostram que a doença afecta 23,3% das mulheres açorianas e 38% das mulheres entre os 55 e os 64 anos. Na mesma faixa etária, no Continente, há 25% de mulheres obesas.

A nível das doenças crónicas, a tensão arterial alta foi a que mais afectou os portugueses (20% da população do Continente) e que motivou um maior consumo de medicamentos.

Seguem-se as doenças reumáticas e a dor crónica (cada uma a afectar 16,3%), a depressão (8,3%), a diabetes (6,5%), a osteoporose (6,3%) e a asma (5,5%).

Em todas as doenças crónicas, as mulheres apresentam uma prevalência superior à dos homens.

Estima-se que perto de 30% da população com mais de 15 anos tenha sofrimento psicológico, um problema que afecta particularmente a população feminina.

Mais de 36% das mulheres no Continente têm um «provável sofrimento psicológico», enquanto nos homens esse problema afecta apenas 18%.

Fonte: Diário Digital

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