Nos Açores antiga escola primária acolhe centro interpretativo da tradicional cultura do ananás

Uma antiga escola primária de São Miguel vai ser transformada num centro interpretativo do ananás, para dar a conhecer aos visitantes a história desta cultura tradicional, produzida na ilha açoriana desde o século XIX.

O projecto conjunto da Casa do Povo da Fajã de Baixo e da PartíIlha – Associação de Cultura e Desenvolvimento Local – deve abrir ao público dentro de dois anos, uma vez que primeiro terá ser elaborado e executado o projecto arquitectónico de remodelação do edifício, onde funcionou uma escola primária nos anos trinta e, posteriormente, a sede da Casa do Povo.

O presidente da associação, João Carlos Macedo, adiantou hoje à agência Lusa que o centro interpretativo da cultura do ananás vai permitir criar um “pólo de interesse”, atraindo turistas ao centro da freguesia, antes de visitarem as estufas de vidro, onde são produzidos os ananases.

“A cultura do ananás nos Açores existe há cerca de 140 anos”, salientou o responsável, acrescentando que o centro pretende contextualizar e explicar aos visitantes a produção do denominado fruto, através de fotos e alguns objectos utilizados no cultivo.

A nova valência vai dispor de salas para exposições permanentes e temporárias, biblioteca/centro de documentação e uma loja, para venda de produtos resultantes ou ligados ao ananás, revelou.

“Vamos, agora, escolher o arquitecto que ficará responsável pela elaboração do projecto de remodelação do imóvel”, anunciou João Carlos Macedo, que conta com o apoio do Governo açoriano para a materialização “deste seu velho sonho”.

O presidente da associação Part´Ilha, cuja família está ligada ao cultivo do fruto há várias gerações, anunciou, também, a intenção de constituir uma confraria do ananás, para combater a actual crise, provocada pelos elevados custos de produção, concorrência do abacaxi e florescimento da cultura do betão.

O ananás foi introduzido nos Açores na primeira metade do século XIX e, embora tenha servido como planta ornamental num primeiro momento, cedo passou a ser explorado comercialmente, por volta de 1864.

Fonte: Confragi

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