Ministro quer aumentar exportações de vinhos para países fora da UE

O ministro da Agricultura, António Serrano, afirmou que espera obter um «aumento de dez por cento das exportações de vinhos para fora da União Europeia até 2013», com iniciativas promocionais sob a marca-chapéu Vinhos de Portugal.

«O retorno que nós esperamos é o aumento significativo das exportações para mercados fora da União Europeia. Estamos a apostar muito fora deste mercado, que está muito ocupado por outros concorrentes. O nosso vinho é um vinho de qualidade mas não temos quantidade para vender», disse.

«Temos de procurar nichos e segmentos de afirmação do nosso vinho, por isso têm sido privilegiados mercados de maior poder aquisitivo, que estão predispostos a comprar o nosso vinho porque já o conhecem e acompanham a nossa estratégia de marketing», acrescentou o governante.

António Serrano falava aos jornalistas depois de presidir à cerimónia de entrega de 45 contratos, para a promoção de vinhos portugueses em países terceiros, que correspondem a um investimento total de 26,9 milhões de euros.

O Apoio à Promoção de Vinhos nos Países nos Países Terceiros (fora da União Europeia) dispõe de uma verba de 75 milhões de euros de fundos públicos, comunitários e nacionais, a que acrescem as participações dos privados.

O esforço de investimento na promoção de vinhos de diferentes regiões do país, sob a «marca-chapeú Vinhos de Portugal» permitiu investir 27,8 milhões de euros, em 2009, e 26,9 milhões de euros, em 2010, na promoção dos vinhos nacionais.

A presença dos vinhos portugueses em feiras de importância internacional, acções de promoção e publicidade, campanhas de informação, estudo de novos mercados e avaliação de resultados foram algumas das acções que beneficiaram e apoios financeiros no âmbito deste programa.

Esse esforço de investimento aumentou este ano 7,3 por cento em Angola e na Suíça, e 3,8 por cento no grupo de países constituído pela e China, Rússia, Japão, México e Nova Zelândia, apesar de ter havido uma quebra em países como os Estados Unidos da América, Canadá e Brasil.

Na China o investimento na promoção de vinhos aumentou de 5 para 10 por cento e em Angola de 18 para 26 por cento, relativamente ao ano passado.

Na cerimónia que decorreu na Biblioteca Municipal de Palmela, o ministro da Agricultura garantiu que haverá um outro concurso para a promoção de vinhos nacionais no final do ano e admitiu a possibilidade de estender estas iniciativas a outros produtos.

Segundo António Serrano, fruta, produtos hortícolas, arroz e azeite poderão ser objecto de acções promocionais semelhantes às que estão a ser desenvolvidas no sector dos vinhos.

«Há um grupo de trabalho que está a olhar para os produtos todos e a fazer uma matriz produtos/mercado. Estamos a ver que produtos temos com condições de promover lá fora e que mercados têm interesse nesses produtos, para definirmos uma estratégia comum, com um conceito global, tal como temos para os vinhos», disse.

«Precisamos de ir em conjunto, com uma marca nacional, para vendermos estes produtos, tal como fazemos com os vinhos», concluiu o ministro da Agricultura.

Fonte: Confagri

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