Ministro da Agricultura Assegura que Olival «É Rentável»

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, disse hoje que o sector do olival “é rentável” e que quer inverter a tendência actual de importação de azeite.

Jaime Silva, que hoje visitou a Agro-Basto, em Cabeceiras de Basto, sublinhou que “Portugal exporta para o Brasil mas importa para consumo interno” e que “a vinda de empresários espanhóis para o Alentejo demonstrou que o sector é rentável”.

O ministro reafirmou a intenção do Governo de aprovar um Plano Estratégico para a Agricultura, a sete anos, que aposta no vinho, no azeite, na horticultura, e na floresta e que aponta ainda, como prioritários, os sectores do leite e das raças autóctones.

“Para além do plano, vamos fazer em Outubro um balanço da aplicação dos fundos comunitários, quer no período de vigência deste Governo quer nos últimos anos”, acrescentou, frisando que, “apesar dos biliões de euros investidos no sector nas últimas décadas, o produto agrícola continua igual”.

O ministro visitou a Agro-Basto acompanhado do presidente do município, Joaquim Barreto, do director Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho, António Ramalho, e do adjunto do Governo Civil, Lúcio Pinto.

Jaime Silva salientou que o sector do vinho vai continuar a receber ajudas para se reconverter e internacionalizar, no âmbito do programa Vitis, frisando que “aqueles que não o queiram fazer serão compensados pelo arranque das vinhas”.

Jaime Silva apontou a horticultura como outra área rentável, já que o país tem condições para produzir, e garantiu que “a fileira florestal, que muito contribui para a balança comercial, continuará a ser devidamente apoiada”.

No seu entender, o sector do leite demonstrou que, apesar dos poucos apoios recebidos em comparação com produções como as dos cereais de sequeiro, “possui grande vitalidade”, apontando a expansão da Lactogal em Espanha como exemplo a seguir.

“O plano não esquece os pequenos agricultores e as suas produções como sucede com as raças autóctones”, sublinhou, anunciando que acaba de homologar as candidaturas apresentadas este ano pelos produtores.

Disse que o balanço da política governamental para o sector vai, também, mostrar que “foram pagas mais verbas no âmbito das medidas agro-ambientais do que em anos anteriores” e atribuiu a contestação de que foi alvo em 2005, a “desconhecimento e falta de informação”.

“Hoje os agricultores compreendem que o produto agrícola não pode marcar passo e que as ajudas comunitárias devem ser bem investidas, não devendo, apenas, beneficiar seis ou sete concelhos e mil agricultores”, declarou.

Jaime Silva garantiu que “a inversão das coisas na agricultura implica, também, a implementação de um sistema de avaliação da aplicação dos fundos comunitários, para que os agricultores e os portugueses saibam para onde vai o dinheiro”.

Fonte: Agroportal

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