Ministro anuncia investimento de 157 ME para o sector avícola

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, anunciou sexta-feira passada um investimento de 157 milhões de euros para o sector avícola, financiado em 30 por cento pelo Governo e pela União Europeia, criando mais de 500 novos postos de trabalho.

Jaime Silva, que esteve presente no III Congresso Nacional de Avicultura, na Escola Agrária de Santarém, afirmou, à margem dos trabalhos, que foram apresentadas «seis candidaturas interessantes que vão ter um financiamento de 30 por cento, o que equivale a 47 milhões de euros».

Durante o Congresso, investigadores e académicos defenderam a sustentabilidade energética e competitiva da biomassa, energia renovável produzida através dos detritos animais e florestais, enquanto «energia renovável do futuro».

«A biomassa tem a vantagem de poder ser produzida 365 dias por ano sem depender das condições climatéricas», considerou Salvador Malheiro, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto douro.

Sobre este assunto, o ministro Jaime Silva disse à agência Lusa que «não há candidaturas» para projectos de centrais de produção de biomassa, no entanto, estão licenciadas duas centrais de biomassa para Pombal e Rio Maior, que vão produzir nove e oito megawatts, respectivamente, prevendo-se que comecem a operar em 2012, afirmou Luis Marques Mendes, administrador da NUTROTON, uma as empresas que faz parte do consórcio.

Jaime Silva disse também que existem medidas de apoio ao tratamento de resíduos animais, «Durante três anos, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), vamos aumentar em 10 pontos percentuais o apoio à legalização e inovação para resolver os problemas ambientais, no tratamento de resíduos animais, nomeadamente em algumas bacias da Região Oeste», afirmou o ministro, que mostrou-se também.preocupado com a falta de autonomia de Portugal em relação à suinicultura.

«Já tivemos uma taxa de auto-aprovisionamento de 80 por cento e agora estamos na ordem dos 60 por cento. Temos de dar sustentabilidade à suinicultura tanto em termos ambientais como em termos competitivos», concluiu.

Fonte: Confagri

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