Segurança Alimentar Desde 2004 a tratar da Segurança Alimentar em Portugal
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O crescimento económico da Ásia tem gerado a formação de uma classe média endinheirada mais preocupada com a saúde. Nos últimos 30 anos, a procura de produtos de agricultura biológica, especialmente hortícolas e arroz, tem crescido substancialmente.
Especialistas consideram que esta tendência se deve, além do aumento do poder de compra das populações, aos mais recentes sustos ao nível da segurança alimentar, particularmente a gripe das aves e a epidemia de SARS, em 2003, que matou cerca de 800 pessoas.
Em Taiwan, por exemplo, existem aproximadamente 800 lojas de agricultura biológica, que servem uma população de 23 milhões, e estão a aumentar cada vez mais os espaços em grandes superfícies dedicados aos produtos de agricultura biológica, conta a Reuters. Em 2005, as importações de produtos de agricultura aumentaram 20 por cento e estima-se que o mercado para produtos domésticos valha cerca de 30 milhões de dólares.
Na Coreia do Sul, verifica-se a mesma tendência, mas num mercado muito maior. O mercado para produtos de agricultura biológica está estimado em 578 milhões de dólares em 2005, mais 22 por cento do que os valores registados em 2004. Espera-se que, em 2010, o valor chegue aos 1,6 mil milhões de dólares.
Mas nem tudo são facilidades. Os custos de produção cada vez mais altos para a agricultura biológica têm obrigado ao aumento de preços entre 50 e 300 por cento, o que tem desencorajado a procura. Em Hong Kong, o mercado de hortícolas de agricultura biológica representa apenas 0,1 por cento do total.
Contudo, de acordo com a Reuters, muitas pessoas estariam dispostas a mudar para o consumo de produtos de agricultura biológica se os preços fossem apenas 25 por cento mais caros do que os produtos convencionais.
Os mercados asiáticos têm ainda de lidar com o cepticismo generalizado em relação à origem dos produtos vendidos como sendo de agricultura biológica. É que não existe ainda um enquadramento legislativo suficientemente rigoroso para garantir a origem dos produtos consumidos.
Fonte: Reuters e Confragi
