Uma má alimentação e falta de exercício podem causar um desequilíbrio no metabolismo, aumentando o risco de uma criança desenvolver asma, sugere um novo estudo publicado no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”. Esta conjugação é verificada mesmo entre crianças que apresentem um peso normal, uma descoberta que desafia a crença generalizada de que a obesidade é, por si só, um factor de risco para a asma, de acordo com os autores do estudo.
Para o trabalho, os investigadores analisaram dados de quase 18 mil crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos, que participaram no projecto denominado “Coronary Artery Risk Detection in Appalachian Communities” (CARDIAC). O estudo incidiu sobre um grupo de marcadores de problemas metabólicos precoces, incluindo os níveis de triglicerídeos e a presença de acantose nigricans, doença que se caracteriza por um aumento da pigmentação (escurecimento da pele) e pela hiperqueratose (endurecimento da pele) e que são, normalmente, biomarcadores de resistência à insulina e níveis elevados de insulina no sangue.
Depois de controlar uma série de factores, os investigadores concluíram que a prevalência de asma entre as crianças estava fortemente associada com os níveis de triglicerídeos e com a presença de acantose nigricans, independentemente do Índice de Massa Corporal (IMC).
Em comunicado de imprensa, o líder da investigação, Giovanni Piedimonte, da West Virginia University, nos EUA, refere ter sido comprovado no estudo que as anomalias precoces nos lípidos e/ou metabolismo da glicose podem estar relacionadas com o desenvolvimento de asma na infância.
Fonte: Saúde na Internet