INE: Rendimento Agrícola Cresceu 0,2% em 2004 Face a 2003

O rendimento agrícola cresceu 0,2 por cento no ano passado face a 2003, enquanto o valor da produção agrícola cresceu 2,8 por cento, segundo as Estatísticas Agrícolas hoje divulgadas pelo INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) refere um aumento de 2,9 por cento da produção vegetal e um acréscimo de 2,5 por cento da animal em 2004.

Quanto ao rendimento empresarial líquido na agricultura também apresenta uma subida, de 1,1 por cento.

As primeiras estimativas avançadas pelo INE, em Dezembro de 2004, apontavam para um crescimento do rendimento agrícola de 0,6 por cento e do rendimento empresarial líquido de 1,7 por cento.

A informação do INE refere que, em 2004, o índice de preços dos produtos agrícolas subiu 0,5 por cento devido à variação de 2,2 por cento nos preços dos vegetais e apesar da descida de dois por cento nos valores a pagar pelos produtos animais.

Já o índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente, ou seja, de produtos e serviços utilizados pelos agricultores na sua actividade, subiu cinco por cento.

O valor a pagar pelos bens de investimento também subiu, mas 2,4 por cento.

O INE explica que “o aumento significativo do consumo intermédio acabou por limitar uma potencial subida do rendimento empresarial que poderia derivar do crescimento do valor da produção e dos subsídios pagos à agricultura”.

O comportamento da produção de tomate para a indústria salienta-se ao atingir, no ano passado, a maior quantidade de sempre, ao ultrapassar 1.200 mil toneladas, quando a média do quinquénio ficou pouco abaixo das 1.000 mil toneladas.

Também a produção de azeite aumentou 15 por cento face à campanha anterior e atingiu 420 mil hectolitros.

Segundo a explicação do INE, a boa frutificação do olival fazia antever “uma excelente campanha”, mas esta ficou “parcialmente comprometida pelo tempo quente e seco que condicionou o enchimento do fruto e pelo vento forte que provocou alguma queda de azeitona”.

Nos cereais, a campanha de 2003/2004 saldou-se por “aumentos acentuados nas produções, na comparação com a campanha anterior que foi má, mas por descidas relativamente à média do conjunto dos últimos cinco anos.

Em 2004, também a pêra apresentou “abundância e qualidade de frutos” após dois anos consecutivos de quedas e as 188 mil toneladas colhidas fizeram “uma das melhores campanhas de sempre”, refere a informação do INE.

Ao contrário, a produção de maçã desceu quatro por cento, ficando nas 277 mil toneladas e a de pêssego nove por cento, não ultrapassando 52 mil toneladas.

Nos frutos secos, o comportamento foi igualmente negativo, com a queda de 41 por cento nas amêndoas, devido às condições climatéricas adversas, e de sete por cento na castanha e de 16 por cento na avelã.

A produção de carne de bovino aumentou 13 por cento face a 2003 e chegou às 119.259 toneladas enquanto a de suíno caiu quatro por cento, não ultrapassando 340.279 toneladas.

Também a produção de carne de animais de capoeira recuperou e subiu sete pró cento face a 2003, quando se registou a crise baseada na suspeita da presença de nitrofuranos na carne de aves.

A produção de frango industrial apresentou um acréscimo de sete por cento, para 215.711 toneladas e a de peru cresceu 12 por cento, para 39.682 toneladas.

Igual tendência seguiu o leite de vaca cuja produção aumentou três por cento, para 1.950 milhões de litros.

Fonte: Lusa

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