INE: Preços no Produtor Caíram 14,2% em Julho num Ano

Os preços dos produtos agrícolas no produtor caíram 14,2 por cento em Julho face a igual mês do ano passado, principalmente devido às descidas nos frutos frescos e nos hortícolas, anunciou hoje o INE.

Segundo o Boletim Mensal da Agricultura, Pescas e Agro-Indústria, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de preços dos frutos frescos registou uma quebra de 32,2 por cento, enquanto nos hortícolas frescos o decréscimo foi de 27,1 por cento.

Ao contrário, num ano, o preço dos ovos subiu 23,9 por cento e do azeite 11,8 por cento.

A evolução mensal, face a Junho, revela uma quebra de 5,5 por cento no índice de preços dos produtos agrícolas no produtor, igualmente devido ao comportamento dos frutos e dos hortícolas.

No que respeita à produção, o INE traça um quadro negativo do actual ano agrícola apontando quebras em várias culturas, dos cereais, à batata (menos 20 por cento), pomares de pereiras (menos 35 por cento) ou de macieiras (10 por cento) afectados pela situação de seca. Na uva para vinho, a quebra esperada é de 20 por cento fazendo da actua l vindima aquela com produção mais baixa desde 1998.

Em Julho, o peso do gado abatido e aprovado para consumo foi de 35.782 toneladas, menos 2,5 por cento que no mesmo mês do ano passado, um comportamento principalmente baseado no menor volume de abate de bovinos (menos 4,3 por cento ).

Tendência contrária seguiu o peso de aves e coelhos abatidos aprovados para consumo que aumentou 3,3 por cento num ano, para 22.675 toneladas, com a produção de frango a crescer 9,6 por cento.

A recolha de leite de vaca foi de 170 mil toneladas em Julho, mais 4,1 por cento que no mesmo mês do ano passado, enquanto os produtos lácteos registavam um acréscimo de produção de 5,6 por cento.

O INE divulgou também o resultado do Inquérito Anual à Recolha, Tratamento e Transformação de Leite em 2004, documento onde aponta para 1.873 mil toneladas de leite recolhidas, mais 2,9 por cento que no ano anterior.

“Uma vez ultrapassadas as medidas restritivas à produção levadas a cabo em 2003, devido à ultrapassagem da quota nacional”, Portugal beneficiou de uma estabilização do sector leiteiro, permitindo manter activas “as melhores explorações leiteiras, com acréscimo de produtividade dos seus efectivos”, explica o IN E.

A produção de leite de vaca para consumo aumentou 2,2 por cento e atingiu as 901 mil toneladas, as bebidas à base de leite, como os leites compostos (enriquecidos ou com aromas) subiram 1,5 por cento enquanto os leites acidificados , incluindo os iogurtes, registaram um acréscimo de 3,4 por cento.

A produção de manteiga caiu um por cento, enquanto o queijo apresentava uma ligeira subida de 0,9 por cento.

Fonte: Lusa

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