Gripe das Aves: Mais de 9 mil análises a aves negativas

Desde o início do ano foram efectuadas 9.172 análises a aves para detecção da infecção pelo vírus H5N1, da gripe aviaria, que deram resultados negativos, mas a vigilância foi aumentada com a aproximação da época migratória, anunciaram as autoridades.

A Comissão de Acompanhamento (CA) da Gripe Aviária, constituída pelo Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e pelo Ministério da Saúde, indicou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que têm sido detectados vírus de infecções respiratórias de baixa patogenicidade em aves, em território português, o que é considerado «normal».

O director-geral de Veterinária, Agrela Pinheiro, que preside à CA da Gripe Aviária, salientou que a «situação» em Portugal, em relação à presença do vírus H5N1 em aves, «não se alterou», nunca tendo sido detectado até agora.

Com a aproximação do período migratório de Outono, Agrela Pinheiro indicou que «foi intensificada a vigilância nas zonas de risco, com o Instituto de Conservação da Natureza (ICN)», que passa por um aumento do número de análises efectuadas.

O ICN identificou em Novembro do ano passado 19 zonas consideradas de risco para a infecção pelo vírus H5N1 devido à grande densidade de aves migratórias.

O também coordenador da CA da Gripe Aviaria, que continua a reunir todas as semanas, especificou que «em Agosto houve já um aumento do envio de colheitas do ICN para o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV)» e que é expectável um novo crescimento nos próximos dois meses.

Os dados sobre as análises efectuadas pelo LNIV revelam que, durante este ano, a maioria dos exames (4.624) foi realizada até Junho e que o pico de cadáveres de aves entregues ao Laboratório ocorreu em Março, com 3.040 corpos enviados.

Destes, apenas 1.428 foram examinados para despistar uma eventual infecção pelo H5N1, pois nos restantes a causa de morte era identificável.

Nos últimos três meses, o número de cadáveres de aves recebidos pelo LNIV não chega a 500 por mês.

Agrela Pinheiro deu ainda conta de que o registo de aves de capoeira, promovido junto das juntas de freguesia «não está fechado» e adiantou que permitiu recensear até agora 5.629.500 animais, apesar de ser desconhecido o universo total.

O director-geral de Veterinária indicou que 85% das juntas de freguesia «utilizaram esta base de dados para o registo», ainda que «alguns concelhos a tenham usado pouco, outros nada».

Fonte: Diário Digital

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