Gripe A: Maioria dos portugueses crê que não contrairá doença

A maior parte dos portugueses considera pouco provável vir a contrair o vírus H1N1, conclui um inquérito online realizado pelo projecto «Gripenet», da Fundação Calouste Gulbenkian, que abrangeu 1689 pessoas.

Divulgado na edição desta sexta-feira do Diário de Notícias, o estudo revela que 70% dos inquiridos consideram pouco provável virem a adoecer com gripe A, ao passo que apenas 26% das pessoas que responderam ao questionário entre Junho e Julho se dizem muito preocupadas – uma tendência que não muda quando existem crianças na família.

Nesta perspectiva, também as preocupações com os cuidados para prevenir o contágio passam sobretudo pela intenção de lavar as mãos com mais frequência (79,3%).

Este estudo foi, de resto, divulgado no mesmo dia em que o Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica publicou os resultados de outro inquérito que realça o mesmo: as principais alterações no comportamento dos portugueses verificam-se no capítulo da higiene, que foi reforçada.

No questionário da Gripenet, a maioria das pessoas diz-se ainda disposta a evitar as pessoas com sintomas como a tosse ou espirros (62,5%) e grandes concentrações de pessoas (59%) para diminuir o contágio.

Por outro lado, alterações mais significativas, como alterar o destino de férias, já são encaradas com mais resistência: no estudo do Centro de Análise, a maior parte recusou essa hipótese e 53,4% dos que responderam no site Gripenet não vê inconveniente em utilizar transportes públicos.

Já quanto ao uso de antivirais e máscara, a maioria diz que não pretende comprar estes medicamentos e protecções, mas cerca de 28% dos inquiridos mostra alguma indecisão.

Quanto à necessidade de um período de quarentena, 81% disse que aceitava ficar em casa, evitando o contacto com outras pessoas, e apenas 0,4% declarou que a imposição de um período de isolamento era inibidora da sua liberdade individual. Outros 2,1% afirmaram também não aceitar a quarentena, mas por terem que trabalhar.

Os resultados dos estudos mostram ainda que os portugueses estão bem informados sobre a pandemia, nomeadamente sobre como se transmite a doença.

Por exemplo, 54% dos utilizadores do Gripenet consideraram que é facilmente transmissível mas pouco perigosa, uma resposta correcta de acordo com as autoridades de saúde.

No entanto, é de salientar que os dois trabalhos incidiram sobre populações com formação acima da média nacional: num caso os frequentadores de um site sobre o tema, no outro colaboradores qualificados de empresas.

Fonte: Diário Digital

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