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A Confederação dos Produtores de Beterraba (CGB) de França manifestou-se optimista face à reforma do sector do açúcar, uma vez que se prevê um aumento dos preços internacionais e da procura do bioetanol.
Para a CGB, a reforma açucareira vai beneficiar principalmente os grandes produtores, como é o caso do Brasil, e a indústria consumidora, mas mão os consumidores dos países em desenvolvimento. Apesar da rejeição da reforma, os produtores franceses poderão adaptar-se às novas circunstâncias, que levarão à baixa dos preços comunitários.
É que, para França, a redução real de preços será muito menor do que a decidida pela reforma da organização comum de mercado, explica o Agrodigital. O corte de preços refere-se apenas aos preços oficiais da beterraba de quota e não ao preço real no agricultor, que depende também da produção excedentária.
Como a França tem produzido, até agora, quantidades excedentes de açúcar, em cerca de um milhão de toneladas, os produtores de beterraba têm-se visto obrigados, há já algum tempo, a produzir a um preço real muito abaixo do preço oficial, próximo do valor decidido pela reforma do sector.
Apenas com a eliminação da produção excedentária de beterraba, que ocorrerá, em princípio, na próxima campanha, é que os produtores franceses manterão, para a beterraba de quota, um preço próximo do real.
A França é o principal produtor de açúcar da União Europeia e ocupa o segundo lugar a nível mundial, com uma produção estimada de 4,2 milhões de toneladas de açúcar para 2005. A produção total de beterraba deverá andar pelos 25,2 milhões de toneladas, sendo que 2,6 milhões de toneladas serão canalizados para a produção de bioetanol.
Fonte: Agrodigital e Confragi
