Facturação da grande distribuição cresce 14 por cento

O sector do retalho – Alimentar e Não Alimentar – pertencente ao universo da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), registou um volume de vendas de 11,231 mil milhões de euros, durante o exercício de 2006, correspondendo a uma subida de 14 por cento. O volume de vendas dos associados da APED tem vindo a registar aumentos consecutivos ao longo dos últimos quatro anos.

«Se em 2002, o valor da facturação dos associados da APED totalizava 7,864 mil milhões de euros, representando 5,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), verifica-se que tem existido um crescimento da actividade do sector do retalho Alimentar e Não Alimentar em Portugal», referiu Luís Vieira e Silva, presidente da APED. Na realidade, em 2003, esses valores cresceram para 8,453 mil milhões de euros em volume de vendas (6,1 por cento do PIB), para em 2004 totalizar 9,068 mil milhões de euros (6,3 por cento do PIB) e no ano seguinte se situarem nos 9,877 mil milhões (6,6% do PIB).

No que diz respeito ao Ranking de Volume de Vendas, este continua a ser liderado pela Sonae Distribuição (incluindo a aquisição da Star Viagens e Turismo), tendo registado um aumento de 13 por cento, passando de 3,115 para 3,526 mil milhões de euros. O grupo Jerónimo Martins mantém a segunda posição com um crescimento de 11 por cento, passando de 1,752 para 1,948 mil milhões de euros, seguindo-se o grupo Auchan Portugal, com uma subida de 4 por cento de 1,145 para 1,94 mil milhões de euros.

A primeira insígnia discount a aparecer no ranking da APED é o Lidl, apesar de os valores apresentados relativamente à cadeia de discount alemã sejam apenas estimativa, dado não ser associada da APED. Assim, o Lidl aparece na quarta posição com um crescimento de 8 por cento face a 2005, aumentando o volume de vendas no nosso País de 972 para 1,050 mil milhões de euros. Em relação à primeira empresa do retalho Não Alimentar, é o El Corte Inglés que leva vantagem, aparecendo em 7.ª posição com um aumento de 14 por cento no volume de vendas, passando de 297 para 339 milhões de euros. De resto, destaca-se troca entre o Staples Office Centre (9.º) com o Plus (10.º), muito devido ao crescimento de 34 por cento registado pelo grupo de retalho especializado.

Quanto ao maior crescimento no volume de vendas verificado em 2006, este pertence ao Media Markt com 156%, destacando-se, também, a entrada directa de novos associados para o Top 20, casos da Moviflor e Massimo Dutti, 13.ª e 19.ª posição, respectivamente.

De entre as 20 empresas a apresentar maior volume de vendas durante o exercício de 2006, sete pertencem ao universo Alimentar, enquanto as restantes 13 são de retalho especializado. Mas não foi só em volume de vendas que os associados da APED cresceram. Também o número de lojas registou um aumento de 239, passando de 1.546 para 1.785. Neste capítulo, a liderança pertence ao Minipreço (384), seguido do Pingo Doce (202), Lidl (182), Modelo (105) e Worten (87).

Quanto à área de venda, esta registou um aumento de 265 mil metros quadrados, totalizando no final de 2006, 1.916.000 m2, cabendo ao Modelo com 187 mil m2 (mais 10 por cento) a liderança neste ranking, seguido do Lidl (176 mil, mais 11 por cento)), Pingo Doce (172 mil m2, mais 8 por cento) e Continente (162 mil m2, mais 3 por cento).

O universo APED totalizou, no final de 2006, 65.735 colaboradores, criando mais 10.998 posto de trabalho. Aqui, a liderança cabe ao Pingo Doce com 9.462 colaboradores (mais 8 por cento), seguido do Modelo (8.675 colaboradores, mais 31 por cento), Continente (7.238 colaboradores, mais 4 por cento). Destaque para o facto de só o grupo Sonae Distribuição possuir perto de 18 mil colaboradores nas insígnias Modelo, Continente e Worten (2.º, 3.º e 10.º classificado no ranking).

No final, Luís Vieira e Silva admitiu que o ritmo de aberturas irá manter-se, «até porque existem localidades onde a concorrência ainda é fraca, exploradas por apenas duas insígnias». Referência ainda para a campanha “Domingos e Feriados Abertos” que «teve uma aderência massiva», reunindo a APED, em apenas um mês, mais de 250 mil assinaturas, salientando o presidente da associação que foi pedida uma audiência ao Presidente da Assembleia da República e partidos com representados no Parlamento português. «O Governo não pode imiscuir-se do facto de a abertura das grandes superfícies aos domingos e feriados representarem a criação de mais de 4.000 postos de trabalho novos», referindo ainda que «não podemos avançar com antevisões quanto ao que estas aberturas poderiam vir a representar no volume de vendas dos associados da APED, até porque estamos a falar do 2.º maior dia de vendas a seguir ao Sábado».

Fonte: Anil

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