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Os institutos de Biologia Molecular e de Investigação Agrária, de Espanha, apresentaram, esta semana, os mais recentes ensaios que têm decorrido no âmbito do desenvolvimento de frutas e hortícolas transgénicos.
O objectivo destas investigações científicas é melhorar a qualidade dos produtos para beneficiar o consumidor, ao mesmo tempo que se protegem as culturas contra pragas e se promove uma posição competitiva dos produtos nos mercados internacionais.
O investigador José Pio Beltrán sublinhou que os produtos alimentares transgénicos «são os mais seguros da história da humanidade», uma vez que são obrigatórios inúmeros testes para garantir a sua segurança.
Nada mais se faz com a engenharia genética do que melhorar o sabor, aroma, cor, excessiva presença de sementes, etc. nos produtos. Inclusivamente, desenvolveram-se tomates azuis para fins terapêuticos, sendo que a diferente pigmentação serve para distingui-los dos tomates destinados ao consumo humano.
Beltrán mencionou, também, as vantagens da biotecnologia ao nível do fabrico de biocombustíveis. Os institutos espanhóis têm trabalhado com uma planta de rápido crescimento, que se mostrou capaz de produzir grandes quantidades de biomassa, noticia o Agrodigital.
O mesmo cientista recordou que a própria Organização Mundial de Saúde já garantiu que, até ao momento, não se registaram quaisquer malefícios para a saúde humana, decorrentes da ingestão de produtos transgénicos. O atraso tecnológico a que a Europa se tem submetido nesta área só beneficia os países que têm apostado na biotecnologia.
Em termos de exemplos práticos da investigação promovida pelos institutos espanhóis, Beltrán avançou o caso dos citrinos, em que se melhorou a sua qualidade e se eliminaram as sementes. As próprias plantas foram alteradas para se conseguir uma floração mais rápida para se conseguir o abastecimento de fruta madura durante mais tempo.
O cientista espanhol afirmou que os vários problemas que afectam as culturas de citrinos, como as geadas, a sobre-exposição ao sol, a salinização dos solos ou as doenças, podem ser solucionadas através da aplicação da engenharia genética.
Fonte: Agrodigital e Confragi
