Entreposto de kiwi no Marco é exemplo de competitividade

O ministro da Agricultura considerou hoje que o entreposto de kiwi instalado em Marco de Canaveses por Belmiro de Azevedo é uma prova de que a agricultura portuguesa “tem condições para ser competitiva”.

Jaime Silva, que visitou as instalações do entreposto da Prosa – empresa cujo capital é detido na totalidade pela Casa Agrícola de Ambrães, da ‘holding’ pessoal do patrão da Sonae – afirmou que aquele é “um exemplo que deve ser generalizado a toda a hortofruticultura”.

“É um importante projecto para o Marco de Canaveses e para a região, onde a alternativa tem sido até agora o vinho verde. Este investimento é um exemplo da mudança que o governo quer fazer na agricultura deste país”, referiu o ministro.

O entreposto vai fazer a recolha da produção de kiwi em Marco de Canaveses e na região envolvente, nomeadamente de uma quinta em Gove, Baião, que o ministro também visitou.

Segundo os responsáveis da Prosa, a capacidade instalada nomeadamente no equipamento de frio é de 3.000 toneladas, cabendo ao entreposto agora inaugurado a recolha, calibração, conservação e embalagem do kiwi.

Apesar de poder fornecer o mercado nacional, a aposta vai ser o abastecimento do mercado ibérico, sobretudo Espanha, onde o consumo de kiwi supera largamente a produção.

Além de assegurar o escoamento do kiwi de alguns produtores do Entre-Douro e Minho, o entreposto de Marco de Canaveses está também a estudar uma parceria com os produtores do Vale da Vilariça, em Vila Flor, que não dispõem de capacidade para armazenar e conservar alguns produtos sazonais, nomeadamente a nectarina, o pêssego e o melão.

Belmiro de Azevedo afirmou que este projecto defende a economia portuguesa – Portugal apenas produz metade das 20.000 toneladas que consome anualmente e aquele fruto é de difícil conservação, o que obriga a importar do hemisfério sul – e questionou o ministro a não esquecer de fazer o cadastro dos terrenos agrícolas.

“Dos três milhões de hectares de terrenos para a agricultura, dois milhões estão abandonados”, lembrou o patrão da Sonae, que defendeu também “que só deve ter direito a terra quem a trabalhar”.

Jaime Silva percebeu a provocação e respondeu-lhe que o Governo não vai nacionalizar de novo as terras, mas garantiu que o cadastro dos terrenos agrícolas vão ser feito em breve e que o Ministério da Agricultura tem cativas verbas para esse efeito.

Fonte: Agroportal

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