Empresas Rejeitam Comercialização de Transgénicos em Portugal

É verdade que os portugueses não têm o hábito de consultar o rótulo das embalagens alimentares antes de adquirirem os produtos, mas, apesar disso, um grande número de empresas já anunciou ser livre de transgénicos, desde que se tornou obrigatória a identificação dos mesmos no rótulo.

A desconfiança dos consumidores europeus em geral, que não querem integrar os transgénicos na sua alimentação, tem levado um conjunto importante de marcas a rejeitar a comercialização de alimentos que contenham organismos geneticamente modificados (OGM), como é o caso do grupo Auchan, da Jerónimo Martins ou do Modelo e Continente.

O Primeiro de Janeiro lembra que os rótulos devem identificar os produtos alimentares como transgénicos se estes contiverem mais de 0,9 por cento de organismos geneticamente modificados. A União Europeia permite a comercialização de vários destes produtos, particularmente alimentos como a soja, o milho ou a colza.

O presidente do Centro de Informação de Biotecnologia, Pedro Fevereiro, a atitude destas empresas é apenas «uma questão comercial», porque «acham que, se garantirem aos consumidores que os produtos não contêm OGM, não serão prejudicados nas vendas». Este responsável sublinhou que a Organização Mundial de Saúde já disse que os transgénicos «não apresentam risco superior aos convencionais».

Para a Plataforma Transgénicos Fora do Prato, que reúne vários movimentos da sociedade civil, «há muito poucos daqueles produtos nos supermercados», porque, «a partir do momento em que a rotulagem se tornou obrigatória, as empresas assumiram uma política de exclusão de transgénicos. Os consumidores não os querem».

Já para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o problema é «a barreira do desconhecimento», que ainda não foi ultrapassada porque «as pessoas estão pouco informadas e nem sabem o que são os transgénicos», cita O Primeiro de Janeiro.

Fonte: Confragi

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