Embalagens de óleos alimentares já podem ser recicladas

As embalagens de óleos alimentares que até agora eram conduzidas para aterros ou queimadas já podem ser recicladas em Portugal, anunciou esta sexta-feira a Sociedade Ponto Verde.

Segundo esta organização privada sem fins lucrativos, não era possível reciclar embalagens de plástico que tivessem óleos no seu interior por ser necessário proceder a adaptações na unidade que recicla embalagens de plástico.
A empresa que fornece a matéria-prima de PET (plástico usado para produzir garrafas de água, óleo ou de refrigerantes) às industriais de embalagens desenvolveu, na sua unidade industrial, uma investigação que vai permitir reciclar os resíduos de embalagens de óleos alimentares.

No âmbito das pesquisas efectuadas e após algumas alterações relacionadas com o impacto da introdução deste processo no meio ambiente, a empresa Selenis Ambiente está agora habilitada a reciclar os resíduos de embalagem de óleos alimentares.

Segundo Henrique Agostinho, responsável de comunicação da Sociedade Ponto Verde, esta iniciativa é muito importante porque representa uma elevada fatia das embalagens utilizadas pelos consumidores que agora poderão ser separadas e recicladas.

De Janeiro a Maio foram recolhidas dos ecopontos espalhados por todo o país um total 5.361 toneladas de embalagens de plástico e 7% deste volume eram garrafas de óleo que tiveram como destino os aterros.

Nos últimos cinco meses, segundo Henrique Agostinho, não foram aproveitadas 370 toneladas de garrafas de óleo, uma situação que mudou em Junho, mês em que entrou em funcionamento a nova técnica de limpeza que permite reciclar estas embalagens.

A reciclagem de todos os plásticos, explicou, passa por um processo de limpeza, tarefa difícil de concretizar até ao momento nas embalagens de óleo alimentar.

Com a nova técnica de limpeza «mais robusta», adiantou, já é possível remover a gordura destas garrafas o que permite avançar com o processo de reciclagem.

«Esta medida tem consequências positivas para o ambiente, pois são alguns milhares de unidades anuais que são transformadas em nova matéria-prima», referiu.

Fonte: Diário Digital

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