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A Comissária Europeia para a Agricultura, Mariann Fischer Boel, vai apresentar amanhã quinta-feira, ao Parlamento Europeu (PE), “novas propostas” para lidar com a crise do mercado do leite na sequência da queda dos preços, disse ontem o seu porta-voz Michael Mann à agência AFP.
Na sessão de amanhã da comissão de Agricultura do PE, a comissária vai revelar em primeira mão as medidas, das quais pouco se sabe mas que não deverão ter grandes alterações ao acordado no “Exame de Saúde” da Política Agrícola Comum (PAC), ou seja, não incluem nenhuma proposta em relação à congelação da redução das quotas leiteiras, como foi solicitado por algumas organizações de produtores de leite.
A Sr.ª Fischer Boe está disposta a procurar a forma de assegurar que os produtores obtenham um preço justo, desde que não sejam postas em causa as regras de mercado, referiu o Sr. Mann.
A França e a Alemanha conseguiram na passada semana reunir um conjunto de sugestões para o sector num relatório inicialmente subscrito por outros 14 Estados-membros – Áustria; Bélgica; Bulgária; Eslováquia; Eslovénia; Estónia; Finlândia; Hungria; Letónia; Lituânia; Luxemburgo; Portugal e Roménia, aos quais se juntaram posteriormente a Espanha e a República Checa, ou seja, 18 estados de entre os 27 da União. A Polónia deverá dar a sua resposta na próxima semana, segundo o ministro francês da Agricultura, Bruno Le Maire.
No entanto, uma larga minoria de países, favoráveis à liberalização do sector do leite e lacticínios, não se associaram à iniciativa do eixo franco-alemão, o que ilustra as divergências entre os europeus quanto ao futuro da actividade e da agricultura em geral na União europeia
Este documento propunha a etiquetagem de origem com carácter voluntário e o estabelecimento dos preços do leite mediante uma relação contratual entre produtores e industriais, a nível nacional.
Fonte: Agroportal
